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Líderes políticos ligados a Evo Morales são presos na Bolívia

Vice-presidente do MAS está preso, e ex-ministra teve ordem de prisão decretada

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São Paulo

O ex-presidente da Bolívia Evo Morales denunciou na manhã deste sábado (23), por meio de publicações em uma rede social, que líderes políticos ligado ao MAS, legenda a que pertence, estão sendo perseguidos e presos injustamente. 

Na última quinta-feira (21), o vice-presidente do MAS (Movimento para o Socialismo), Gerardo García, foi detido no centro de La Paz sem que houvesse ordem de prisão contra ele. Já na madrugada desta sexta (22), foi emitida ordem de prisão contra a ex-ministra da cultura Wilma Alanoca.

Apoiadores do ex-presidente Evo Morales fazem protesto diante da embaixada dos Estados Unidos em Buenos Aires - Agustin Marcarian - 22.nov.19/Reuters

A declaração do ex-presidente foi feita um dia após o governo interino acionar o Ministério Público contra ele, acusando-o de terrorismo. 

Gerardo García, considerado o segundo homem mais forte do MAS, estava com seu motorista em um carro oficial sem placa, no qual transportavam equipamentos de informática e caixas com documentos para a sede do partido. 

De acordo com a polícia, o veículo pertence ao Ministério do Desenvolvimento Rural, e García e o motorista foram presos por uso indevido de bens do Estado.

Evo afirmou que a prisão de García foi realizada "sem provas nem argumentos jurídicos". 

O ex-presidente também classificou como injusta a ordem de prisão contra Wilma Alanoca, ex-ministra da Cultura durante seu governo. 

O Ministério Público denunciou Alanoca por incitação à violência e posse de explosivos caseiros, encontrados em uma garagem do ministério.

Quatro funcionários foram presos, e o sindicado alega que as bombas foram produzidas sob ordens da ex-ministra. 

 
Na manhã de quinta, a secretária de Alanoca foi detida pela polícia para "fins investigativos". A ex-ministra pediu asilo à embaixada do México, país onde Evo está asilado.
 
O Ministério Público tenta impedir que a solicitação de Alancoa seja atendida. 

De acordo com Juan Lanchipa, procurador-geral do Estado, um comunicado oficial sobre a investigação contra a ex-ministra foi emitido para todas as embaixadas onde ela poderia requisitar asilo. 

Na manhã deste sábado, dois filhos de Evo Morales deixaram a Bolívia e embarcaram para a Argentina. De acordo com Arturo Murillo, ministro do Interior do atual governo, os parentes do ex-presidente receberam garantias para deixar o país em segurança. 

O governo interino iniciou negociações com a oposição neste fim de semana, com o objetivo de encerrar a onda de protestos e violência que deixaram 32 mortos no último mês. 

A Bolívia atravessa sua pior crise em 16 anos, após a oposição ter alegado fraude eleitoral na vitória de Evo nas eleições gerais de 20 de outubro. A OEA (Organização dos Estados Americanos) afirma ter encontrado irregularidades no processo. 

O ex-presidente renunciou em 10 de novembro, pressionado por protestos populares e pelas Forças Armadas, o que gerou alegações de que Evo sofreu um golpe de estado.

 

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