Israel convida líder opositor para tentar formar governo
Em derrota para Netanyahu, Benny Gantz será chamado por presidente a buscar coalizão e encerrar impasse
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O líder da oposição israelense, Benny Gantz, será convidado a tentar formar governo, afirmou neste domingo (15) o presidente Reuven Rivlin.
É a primeira chance de Gantz desde a última eleição, no dia 2, que manteve o impasse político do país.
O anúncio é um golpe considerável ao premiê Binyamin Netanyahu, que tenta se manter no poder apesar dos recentes fracassos em montar uma coalizão no Parlamento.
Não está claro, porém, se Gantz, do partido centrista Azul e Branco, será de fato capaz de romper com o quadro atual, que levou a três pleitos em menos de um ano.
O opositor ganhou o direito de tentar a formação de governo depois de receber o apoio de outros dois partidos.
Estes, porém, são inimigos entre si: o Lista Árabe Unida, que representa a minoria árabe-israelense do país, e o direitista Israel Nossa Casa, liderado pelo ex-ministro Avigdor Lieberman, rompido com Netanyahu.
Ao longo do dia, Rivlin manteve conversas com todas as legendas que têm assento no Legislativo. Dos 120 parlamentares, 61 foram a favor de recomendar Gantz, 58 preferiram Netanyahu, e 1 se absteve.
O líder do Lista Árabe Unida, Ayman Odeh, afirmou que seus eleitores deram um "enfático 'não'" a mais um mandato para Netanyahu, o premiê que por mais tempo governou Israel —já são mais de 13 anos, em períodos alternados.
Nenhuma coalizão na história do país foi formada por um partido com representação árabe. Odeh disse que a legenda não se uniria formalmente a uma coalizão de Gentz, mas poderia lhe dar votos suficientes para governar.
Já Lieberman, do Israel Nossa Casa, declarou que apoiaria Gantz por considerar que o mais importante neste momento é evitar uma quarta eleição.
O presidente Rivlin afirmou que a melhor saída seria um governo de união com a oposição para derrubar o impasse, mas Gantz tem sido resistente à ideia de se aliar a Netanyahu.
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