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Trinidad e Tobago deporta 16 crianças venezuelanas refugiadas

Governo diz ter cumprido a lei; crianças já foram devolvidas à ilha

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Puerto España | AFP

Trinidad e Tobago deportou 16 crianças venezuelanas por mar no domingo (22), separando algumas das quais de seus pais, de acordo com denúncia feita por líderes da oposição na Venezuela e uma advogada que tentou impedir a repatriação.

As crianças foram deportadas horas antes da retomada da audiência judicial que decidiria se elas poderiam permanecer no país, disse a advogada Nafeesa Mohammed à agência de notícias AFP.

Migrantes venezuelanos recentemente deportados chegam de volta à praia de Los Iros, em Erin, em Trinidad e Tobago - Lincoln Holder - 24.nov.20/Cortesia Newsday via Reuters

“É preciso fazer uma investigação. Sabemos que há imigrantes irregulares e que o Estado deve melhorar o sistema para gerir os fluxos, mas são crianças”, afirmou. Mohammed exigiu que o governo do país, destino de pelo menos 24 mil dos 5 milhões de venezuelanos que deixaram a Venezuela devido à crise humanitária, repense sua política migratória e devolva as crianças aos pais.

Segundo David Smolansky, líder da oposição na Venezuela e comissário de migração da Organização de Estados Americanos (OEA) em seu país, as crianças foram deportadas junto com 13 adultos. A mais nova delas é um bebê de quatro meses.

Após horas de incerteza, o deputado venezuelano de oposição Omar González afirmou que os deportados foram encontrados em Delta Amacuro, região afastada no oeste da Venezuela. Segundo ele, as crianças já foram mandadas de volta à ilha por ordem de uma juíza trinidadiana.

Na terça-feira (24), o governo de Trinidad e Tobago defendeu a deportação de imigrantes irregulares vindos da Venezuela. “Não sei se são 14, 10 ou 22. Só me oriento pelo que fui informado. Trinidad e Tobago fez o que deve fazer de acordo com a lei e os devolveu”, disse Stuart Young, ministro de Segurança Nacional do país. “Não tenho certeza do que aconteceu, portanto não quero especular.”

Young especulou mesmo assim, dizendo suspeitar que as crianças fizessem parte de uma rede de tráfico humano. Também frisou que, devido à pandemia de Covid-19, as fronteiras do país estão fechadas desde 22 de março. O regime do ditador venezuelano Nicolás Maduro não comentou o ocorrido.

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