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Descrição de chapéu Governo Biden

Depois de relatório sobre Khashoggi, Biden fará anúncio sobre Arábia Saudita

Documento da CIA divulgado sexta afirma que príncipe herdeiro aprovou plano para assassinar jornalista

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Washington | Reuters

O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou neste sábado (27) que sua administração vai fazer um anúncio sobre a Arábia Saudita na segunda (1º/3), depois de um relatório secreto da CIA ser divulgado nesta sexta-feira (26) afirmando que o príncipe herdeiro do regime, Mohammed bin Salman, havia aprovado um plano para assassinar o jornalista Jamal Khashoggi.

- Joshua Roberts/Reuters

Depois de ser questionado sobre sanções ao príncipe, conhecido pela sigla MbS, Biden disse: “Haverá um anúncio na segunda sobre o que faremos em relação à Arábia Saudita em geral”, disse. O presidente americano não deu mais detalhes.

Khashoggi, que era colunista do jornal The Washington Post e crítico de MbS, foi morto e teve o corpo esquartejado em outubro de 2018 no consulado do regime saudita em Istambul, na Turquia.

Como reação ao relatório da CIA, o governo dos Estados Unidos anunciou na sexta a imposição de restrições de vistos a sauditas que podem estar ligados ao crime e sanção a outros, incluindo um ex-chefe de inteligência. O regime saudita emitiu um comunicado rejeitando o documento produzido pelos Estados Unidos.

A divulgação da investigação da inteligência americana é vista como uma repreensão ao príncipe, que era um aliado próximo da administração de Donald Trump.

Em 2019, o Congresso aprovou uma medida exigindo que o Poder Executivo fornecesse aos legisladores um relatório sobre a morte de Khashoggi e as conclusões da comunidade de inteligência. A administração Trump nunca obedeceu.

O governo Biden, porém, enfrenta críticas, em especial de um editorial do jornal Washington Post, de que o presidente deveria apresentar medidas mais duras contra o príncipe —que não recebeu sanções mesmo depois de supostamente aprovar a ação que culminou com a morte de Khashoggi.

A justificativa é que o preço de uma represália formal —como banir a entrada do herdeiro da coroa do país— poderia, por exemplo, romper o relacionamento com um dos principais aliados árabes dos EUA.

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