Problemas de mobilidade vinham forçando Elizabeth 2ª a diminuir gradativamente suas aparições públicas nos últimos meses. A rainha de 96 anos "morreu serenamente" nesta quinta-feira (8), rodeada por filhos e netos, segundo comunicado do Palácio de Buckingham.

Ultimamente, ela vinha passando grande parte do tempo no Castelo de Windsor, residência rural da família britânica nos arredores de Londres —embora neste ano tenha escapado para Balmoral, castelo na Escócia que é uma de suas residências favoritas, para as férias de verão.

A soberana não participou da maior parte das celebrações do Jubileu de Platina, que marcou os 70 anos de seu reinado, em junho deste ano. Nesta semana, quebrou mais uma tradição ao realizar a cerimônia de posse da nova primeira-ministra britânica, Liz Truss, em Balmoral, não no Palácio de Buckingham.

Com a diminuição do ritmo da agenda da rainha, o príncipe herdeiro e agora rei Charles 3º, assumiu muitos de seus deveres públicos, como a abertura do Parlamento e a consagração de cavaleiros. Elizabeth interrompeu as viagens para fora do Reino Unido anos atrás.

O declínio das condições da soberana começou em outubro do ano passado, quando ela precisou passar uma noite no hospital para realizar exames. Foi a primeira internação da rainha desde 2013.

Em fevereiro deste ano, ela teve Covid e apresentou sintomas leves da doença, mas precisou adiar compromissos à medida que eles persistiram, segundo o Palácio de Buckingham.

Dois meses mais tarde, em uma videochamada com o Hospital Real de Londres por ocasião da abertura de uma ala batizada com o seu nome, a chefe da monarquia britânica disse que a doença a tinha deixado "muito cansada e exausta".