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Margem estreita

Estabilidade indica que até abstenção pode ser importante no pleito presidencial

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Em montagem, os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) - Danilo Verpa/Folhapress e Reprodução/@Flow Podcast no Youtube

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Os números mais relevantes das pesquisas do Datafolha acerca da disputa pela Presidência quase não se alteraram desde o início oficial da campanha eleitoral.

A partir de meados de agosto, a intenção de voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno variou entre 45% e 47%; a de Jair Bolsonaro (PL), de 32% a 34%. A rejeição ao petista oscilou entre 37% e 39%; a do presidente, entre 51% e 53%; em um segundo turno, Lula marcou de 53% a 54%; Bolsonaro, de 37% a 39%.

A parcela do eleitorado que avalia o governo como ruim ou péssimo flutuou entre 42% e 44%; os que o consideram bom ou ótimo, de 30% a 31%. Desde fins de agosto, Lula tem 48% dos votos válidos, em tese a 2 pontos percentuais de uma vitória em primeiro turno.

Ademais, a grande maioria declara desde cedo já ter o voto decidido. Hoje são 78% os que não veem possibilidade de mudar a escolha, cifra que sobe a 86% no caso dos eleitores da dupla que está na dianteira dos levantamentos.

As perspectivas eleitorais de Bolsonaro melhoraram até julho. Desde então, avanços econômicos, como no emprego, parecem ter pesado quase nada na escolha do conjunto do eleitorado. Também parece ter sido o caso do efeito de um Auxílio Brasil mais generoso.

O saldo dos ataques do mandatário a Lula também foi irrelevante, considerada a estabilidade da taxa de rejeição do petista desde o início oficial da campanha.

Como ainda se mostra viável uma vitória do líder das pesquisas na primeira rodada, a discussão do voto útil torna-se mais intensa. Dada a escassez de eleitores ainda sem candidatos, os adeptos de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) podem decidir a eleição.

Da perspectiva de Bolsonaro, a resistente rejeição majoritária a seu nome exige uma campanha para degradar a imagem do principal adversário. O nível de agressividade política tende a aumentar, como já se nota.

As disputas estaduais, em particular no Sudeste, podem ter relevância marginal. Uma eventual ausência de aliados em segundos turnos nesses estados não deve ser favorável à reeleição do presidente.

Por fim, uma possível decisão em primeiro turno por margem mínima tende a conferir relevância até mesmo às taxas de abstenção em cada segmento do eleitorado ou região geográfica.

O cenário de polarização, infelizmente, não é propício ao debate programático, dado que os dois principais postulantes concentram suas estratégias na rejeição ao adversário —e na busca de cada vez menos indecisos ou ainda propensos a mudar de ideia.

editoriais@grupofolha.com.br

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