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Ben-Dror Yemini

Guerra ao terror

Se Israel fracassar contra o Hamas em Gaza, a derrota será do mundo livre

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Ben-Dror Yemini

Jornalista israelense, é autor de “A Indústria de Mentiras" (ed. É Realizações)

No canal de televisão do Hamas, Al-Aqsa, repetidas vezes se pediu "a aniquilação dos judeus e cristãos, até o último deles". O clérigo islâmico Yusuf al-Qaradawi, líder espiritual do grupo terrorista, ordenou aos muçulmanos que "completem o trabalho de Hitler" e, em visita à Faixa de Gaza, em 2013, pregou a eliminação do Estado de Israel.

Essa é a verdade. Porém, a mentira prevalece. O conflito atual não é entre Israel e Gaza; é uma luta do mundo livre e da maioria dos muçulmanos contra a jihad. Neste confronto, há aqueles que, por engano ou malícia, tornam-se propagandistas do Hamas e da jihad. Lênin chamou de "idiotas úteis" do Ocidente as pessoas que apoiavam o tenebroso regime comunista. Hoje há idiotas úteis que apoiam o eixo do mal, no qual se inclui o Hamas enquanto parte da jihad.

Militar israelense em túnel na Faixa de Gaza onde reféns teriam sido mantidos sequestrados - Isabel Kershner - 19.jan.24/The New York Times - NYT

Os habitantes de Gaza estão sofrendo. Mas por causa do Hamas, não de Israel. Israel saiu de Gaza em 2005. Nem sequer um centímetro permaneceu sob controle israelense. O mundo quis ajudar. Contudo, isso não aconteceu porque em 2007 o Hamas tomou o poder em Gaza, massacrando os membros do grupo rival, o Fatah. Segundo a NBC News, "alguns foram executados nas ruas, outros em tiroteios em hospitais ou jogados de telhados".

Apesar desses atos criminosos do Hamas, a comunidade internacional lhe propôs o fim do bloqueio e prosperidade em troca da desmilitarização. Mas o grupo preferiu o terrorismo. Por quê? Porque é parte da Irmandade Muçulmana, definida já em 1938 por seu fundador, Hassan al-Banna, como "indústria da morte" —não de bem-estar e prosperidade.

O Hamas deixa claro que não quer tomar só o Estado palestino, mas o mundo inteiro. Inclusive a América do Sul, o Brasil. Yunis al-Astal, um de seus líderes, anunciou: "Conquistaremos Roma e [...] as duas Américas".

Israel não queria confronto nem fechamento. O Hamas escolheu o terrorismo e o bloqueio. Ainda assim, Israel permitiu que o Catar continuasse a financiá-lo em Gaza. Foi um grave erro estratégico. O Hamas investiu centenas de milhões de dólares na construção de uma infraestrutura terrorista que abarca contrabando de armas, fábricas de foguetes e uma vasta rede de túneis subterrâneos.

No dia 7 de outubro, Israel sofreu o maior ataque terrorista desde o 11 de Setembro. Houve assassinato em massa de crianças, idosos e mulheres, e inúmeros estupros. Os terroristas sequestraram 240 israelenses, inclusive bebês.

O mundo deveria entender que o Hamas é parte do eixo do mal liderado pelo Irã e pela jihad global; que Israel não queria a guerra; que, assim como foi necessário combater o Estado Islâmico, é preciso erradicar o Hamas. Muitos não acreditam, porém. Deixam-se levar pela mentira de que "o Hamas luta contra a ocupação", embora seus líderes anunciem que o objetivo é aniquilar judeus e cristãos e dominar o planeta.

Os habitantes de Gaza estão sofrendo. Mas o que faria o Brasil se um grupo terrorista matasse e estuprasse dezenas de milhares de brasileiros e lançasse foguetes contra suas principais cidades?

Israel não quer prejudicar a população civil. Fornece eletricidade e possibilita a entrega de ajuda humanitária, com a entrada de milhares de caminhões na Faixa de Gaza. É verdade que parte dos alimentos não chega aos necessitados. No entanto isso ocorre porque o Hamas rouba comida de seus cidadãos, mas Israel leva a culpa. O Hamas oprimia a população antes e continua a oprimi-la depois do 7 de outubro.

A guerra podia ter acabado há muito tempo se o Hamas houvesse libertado os reféns e aceitado a proposta de desmilitarização de Gaza. Mas não apenas a recusou. Razi Hamad, um de seus representantes, declarou: "O 7 de outubro foi só a primeira vez. Haverá uma segunda, e terceira, e quarta vez."

Onde há jihad há destruição e derramamento de sangue. Quase 95% das vítimas da jihad são muçulmanas. Israel está na linha de frente de uma guerra que não é só israelense —é do mundo livre contra o terrorismo. Se fracassar, a derrota será do mundo livre.

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