Mesmo nascidas em países distantes e sem possuir nenhum grau de parentesco, duas pessoas podem apresentar uma estranha semelhança física. Não são irmãos nem primos, mas segundo um estudo, compartilham partes importantes do DNA.

Frutos de coincidências geradas pelo crescimento populacional, os sósias estão por toda a parte, como mostra esta interação com leitores da Folha.

De Pouso Alegre, em Minas Gerais, o professor Luiz Carlos Pereira, 55, foi achar a sua "cópia" a mais de 7 mil km, nos EUA, terra do ator e comediante Robin Williams, morto em 2014.

"Descobri na faculdade e tive certeza quando mostrei as fotos dele, na tela do computador, e minha filha pequena disse 'Papai!'", conta.

Já o advogado Philippe Nader, 39, não foi tão longe e se diz sósia de um conterrâneo com idade bem próxima, o humorista carioca Marcelo Adnet, 40 — que ainda por cima é seu ídolo: "Sou fã dele", diz.

Segundo o sociólogo e livreiro Antonio Lefevre, 79, a semelhança com o ator Antônio Fagundes, 73 já lhe rendeu inúmeras situações inusitadas.

"Uma vez fui abordado no Clube A Hebraica, em São Paulo, por uma sócia que me disse: 'Sr. Fagundes, que prazer em tê-lo em nosso clube. O Sr. é sócio? O Sr. é judeu?'. Se vou a um teatro, numa pré-estreia ou num ambiente frequentado por artistas, então, são sempre vários que me confundem com ele", afirma.

"Sou colaborador eventual da Folha e uma vez, indo ao jornal para me encontrar com meu amigo, [o colunista] Marcelo Coelho, fui abordado no elevador por uma pessoa que me olhou com espanto e perguntou: 'Antonio Fagundes, aqui? Você vai dar alguma entrevista?'".

A jornalista e professora aposentada Martha Francisca Maldonado, 60, conta que já recebeu pedidos de autógrafo de gente que jurava que ela era a senadora Leila Barros (PDT)."E quando eu dizia que eu não era, eles achavam que era, sim, e que estava tentando não ser incomodada. Era muito engraçado".

"A senadora ficou com fama de antipática sem saber", brinca.