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Descrição de chapéu Governo Lula

'A gente segue apesar de tudo', diz Anielle em 1º evento público após demissão de Silvio Almeida

Sem citar diretamente o caso, ela defendeu que ninguém possa tirar uma mulher de cargo de liderança pela violência

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Brasília

Onze dias após as denúncias de assédio sexual que resultaram na demissão de Silvio Almeida (Direitos Humanos), a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, participou pela primeira vez de um evento público nesta terça (17). Sem falar diretamente sobre o caso, ela disse que as mulheres precisam exercer o protagonismo em cargos de liderança sem o risco de saírem desses espaços pela violência de terceiros.

"Se a gente passa o microfone para cada uma de vocês, certamente a gente teria muitas histórias em comum e por esse motivo, como diz Conceição Evaristo, fazem com que a gente possa seguir lutando por um projeto político de país que a gente acredita", disse.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, em ato de filiação ao PT em abril - AFP

"Nesse projeto político de país, que eu acredito e que certamente vocês também acreditam, passa por termos lugares como esse, mulheres a frente de espaços de poderes, de decisão sendo protagonistas de suas histórias sem que nenhuma pessoa possa tirá-la apenas por violentar", acrescentou.

A ministra ressaltou a importância de garantir a presença de mulheres em espaços de liderança e tomadas de decisão. "A gente segue apesar de tudo, a gente sempre vai seguir", disse.

A declaração foi feita durante o evento Mulheres na Liderança por um Brasil Mais Seguro, promovido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Após as denúncias de assédio sexual virem à tona, a ministra tinha tirado férias —ela seria uma das vítimas. Num primeiro momento, Anielle tinha se pronunciado apenas por meio de uma nota nas redes sociais, no dia em que o ministro foi exonerado.

O presidente Lula (PT) o demitiu no último dia 6 após as acusações de assédios sexual, que foram encaminhadas para a organização Me Too Brasil.

A saída de Almeida do governo foi confirmada por nota da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência). O texto afirma que as denúncias eram "graves" e que Lula considerou "insustentável" a permanência do ministro.

"O governo federal reitera seu compromisso com os direitos humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada", dizia o comunicado.

Silvio Almeida negou todas as acusações após as denúncias terem vindo a público.

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