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Descrição de chapéu Estados Unidos

Atlanta, terra natal da Coca-Cola, é repleta de diferentes atrações culturais

Cidade do sul dos Estados Unidos conta com museus, aquário e história do movimento pelos direitos civis

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Atlanta

A água de Atlanta é gasosa e doce. A Coca-Cola, que foi inventada nessa cidade do sul dos Estados Unidos, é um de seus atrativos. Tanto que ali a palavra "coke" em inglês significa todo e qualquer refrigerante.

A capital da Geórgia, porém, tem mais a oferecer aos turistas. É também o berço de Martin Luther King Jr., um dos líderes do movimento pelos direitos civis da população de origem africana. Tem, ademais, o maior aquário do país —e as árvores de pêssego, outro de seus tantos símbolos.

Fachada do museu The World of Coca-Cola, em Atlanta, Geórgia, EUA

Talvez nada disso atraísse visitantes, mais interessados em lugares como Nova York, Washington e Miami. Mas Atlanta possui mais um atrativo, esse de natureza estratégica: é um centro de conexão para voos internacionais e domésticos. Ou seja, talvez você esteja ali de todo modo em algum momento. Vale, com tudo isso, pelo menos dois dias de visita.

A cidade foi fundada em 1837. Chamava-se Marthasville. Por ser a parada final da linha de trem, recebeu o apelido pouco criativo de Terminus. Só alguns anos depois virou Atlanta mesmo. Desempenhou, nesse período, um papel bastante central na economia do sul dos EUA.

A guerra civil americana, travada de 1861 a 1865, destruiu a cidade quase por completo —um fato que os guias sempre mencionam como sinal de sua capacidade de se reerguer. Caminhando por suas ruas movimentadas, a ideia de que já esteve em ruínas é inconcebível. Casas antigas dividem o espaço com arranha-céus como os de Nova York.

A Coca-Cola surgiu ali em 1886, durante esse processo de reconstrução. Seu criador, John Pemberton, tinha aliás sido ferido na guerra civil. A bebida logo conquistou o mundo. De Atlanta, é a filha mais conhecida.

Talvez nem todo turista queira celebrar um produto tão associado ao capitalismo. Mas mesmo os cínicos podem se divertir no museu que conta a história do refrigerante. Estão ali, por exemplo, diversas propagandas icônicas, inclusive algumas veiculadas no Brasil. Há também os produtos colecionáveis com que nós brincamos, como o ioiô.

A entrada não é barata. Vai de US$ 21 a US$ 24 (R$ 118 a R$ 13). Mas inclui, pelo menos, o direito a beber quanto refrigerante for capaz. No fim da visita, há um sem-fim de máquinas onde é possível provar sabores de outros países, incluindo coisas como gengibre, canela e abacaxi. Quase tudo tem bastante açúcar —nada surpreendente, é claro.

Um dos sabores que mais valem a pena é a Coca-Cola com pêssego (que tem versão diet). A fruta é o emblema da Geórgia, então faz sentido pelo simbolismo. É bem mais palatável do que a maioria dos outros, também.

Quem de fato não quiser visitar este templo comercial pode sempre substituí-lo pelos diversos museus da cidade, como o High Museum of Art, o Michael C. Carlos Museum e o Atlanta Contemporary Art Center.

A poucos minutos a pé por um agradável parque está o aquário de Atlanta, o maior do país e um dos maiores do mundo. É uma boa pedida, em especial, para quem viaja com crianças —para quem as explicações parecem direcionadas. Adultos podem achar um pouco menos divertido.

O destaque são as arraias e os tubarões. Há também simpáticos jacarés albinos, águas-vivas e moreias, além de cardumes e mais cardumes de peixe. Em determinados horários, é possível ver um show de golfinhos.

O menos atraente é o preço: a partir de US$ 39,90 (R$ 225). O truque é ir no fim do dia, quando cai para US$ 25 (R$ 141). Ainda assim, para quem não gosta tanto de observar peixes, o preço é salgado como o mar.

Matada a sede, a outra parada obrigatória é o distrito de Sweet Auburn. É um bairro histórico negro, onde viveu o ícone dos direitos civis Martin Luther King Jr. Há uma série de atrações ali, como sua casa, uma igreja onde pregava e um memorial celebrando sua importância para os Estados Unidos. Para melhor se organizar, é bom começar pelo memorial —os funcionários darão informações sobre as demais paradas.

Além desses pontos turísticos mais óbvios, o bairro tem seu charme para uma caminhada despretensiosa. Algumas das casas mais antigas estão construídas no estilo chamado "shotgun" (espingarda, em português). Em tese elas ganham esse nome porque são tão estreitas que um tiro na porta dianteira, dado em uma linha reta, sairia direto pela porta traseira.

Resolvidas as atrações do tipo obrigatório, Atlanta ainda tem bastante a oferecer. A comida é, para padrões americanos, boa e relativamente acessível. O metrô conecta os bairros mais importantes com o aeroporto.

Uma sugestão para quem tiver tempo é conhecer o Ponce City Market, uma espécie de mercadão com lojinhas e restaurantes locais. O comércio é bastante variado, indo de tendas de bordado a roupas de grife. Depois, para a digestão, há uma espécie de calçadão que passa por ali e serpenteia pelos trilhos do trem, ladeada por belos pés de magnólia.

World of Coca-Cola
Baker street NW, 121
De US$ 21 a US$ 24

Georgia Aquarium
Baker Street NW, 225
A partir de US$ 39,99

High Museum of Art
Peachtree road NE, 1280
US$ 23,50

Michael C. Carlos Museum
South Kilgo circle NE, 571
US$ 8

Atlanta Contemporary Art Center
Means street NW, 535
Gratuito

Martin Luther King Jr. National Historic Site
Auburn avenue NE, 450
Gratuito

Ponce City Market
Ponce de Leon Avenue NE, 675
Gratuito

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