O faturamento do setor pet cresceu 16,4% em 2022, chegando aos R$ 60,2 bilhões. Os dados são do IPB (Instituto Pet Brasil), com base no desempenho do mercado pet até 31 de dezembro, e superam a projeção anterior, feita a partir de dados do terceiro trimestre.
O segmento de pet food (venda de alimentos industrializados) fechou o ano no topo da lista, com um faturamento de R$ 33,7 bilhões (56% do total), alta de 18,6% na comparação com 2021.
Já o setor de pet care teve a maior alta em relação ao ano anterior, de 20%, e um faturamento de R$ 3,3 bilhões.
Também se destacam os segmentos de venda de medicamentos veterinários e de animais de estimação diretamente dos criadores —que, nesse último caso, movimentou R$ 6,3 bilhões (10,4% do faturamento total e alta de 11,3%).
Nelo Marraccini, presidente do Conselho Consultivo do IPB, afirma que o crescimento acompanhou a tendência do setor para 2022. Para este ano, no entanto, a expectativa é de crescimento menor.
"Para 2023, as previsões indicam uma maior cautela, devido às instabilidades econômicas e prováveis alterações nas legislações que alavancaram o comércio e serviços, além da discussão ainda sem previsões sobre o término da reforma tributária. Esses pontos preocupam os players do setor e indicam um ano com crescimento inferior aos anteriores", avaliou Marraccini.
O faturamento consolidado de 2021 foi de R$ 51,7 bilhões, alta de 27% sobre 2020, que registrou R$ 40,9 bilhões, de acordo com o instituto.
Os dados mostram que pet shops pequenos e médios representam praticamente metade de todo o dinheiro movimentado pelo varejo pet. Com alta de 17,9%, teve faturamento de R$ 29,3 bilhões no ano (48,7% do total).
O comércio eletrônico também se destaca. Segundo o IPB, com 6% da fatia do mercado, o e-commerce pet tinha R$ 1,44 bilhões de faturamento em janeiro de 2020 e chegou a R$ 3,60 bilhões no final de 2022, um aumento de mais de 150%.
Censo Pet divulgado no fim de junho do ano passado pelo IPB mostra que o número de animais de estimação cresceu no Brasil, que encerrou 2021 com 149,6 milhões de pets, 3,7% a mais que no ano anterior.
Eram 58,1 milhões de cães, seguidos pelas aves canoras (41 milhões), gatos (27,1 milhões), peixes (20,8 milhões), pequenos répteis e mamíferos (2,5 milhões). A maior procura por gatos já havia sido observada em anos anteriores, mas agora teve um salto. Em um ano, a população de felinos teve alta de 6%, contra 4% de cães.
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