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Censo pet: Cachorros são os preferidos dos brasileiros; gatos, em 3º, têm alta

Procura por felinos cresce, mostra levantamento do Instituto Pet Brasil; custos também influenciam na escolha

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São Paulo

Pode chamar como quiser: melhor amigo, única companhia, filho, cachorro. Sim, os cães fazem cada vez mais parte das famílias e continuam dominando os lares brasileiros.

No entanto, os doguinhos passaram a disputar espaço com os gatinhos, que estão em alta. Ainda assim, os felinos ocupam só o terceiro lugar na lista, mostra o Censo Pet divulgado nesta quinta-feira (30) pelo IPB (Instituto Pet Brasil).

Segundo o levantamento, o número de animais de estimação cresceu no Brasil, que encerrou 2021 com 149,6 milhões de pets, 3,7% a mais que no ano anterior. São 58,1 milhões de cães, seguidos pelas aves canoras (41 milhões), gatos (27,1 milhões), peixes (20,8 milhões), pequenos répteis e mamíferos (2,5 milhões).

Cachorro corre em campo com flores amarelas
Cachorro corre em campo - Adobe Stock

A maior procura por gatos já havia sido observada em anos anteriores, mas agora teve um salto. Em um ano, a população de felinos teve alta de 6%, contra 4% de cães.

É o maior crescimento entre as espécies no período e o maior aumento anual de felinos desde o início do levantamento, em 2018.

Ano Cães Aves Gatos
2018 54,2 mi 39,8 mi 23,9 mi
2019 55,1 mi 40 mi 24,7 mi
2020 55,9 mi 40,4 mi 25,6 mi
2021 58,1 mi 41 mi 27,1 mi

Para Nelo Marraccini, presidente do Conselho Consultivo do IPB, alguns fatores explicam essa tendência: envelhecimento da população brasileira, aumento de pessoas que moram em apartamentos e que moram sozinhas. "Um dos principais motivos é que o gato é um animal que não demanda tanta atenção como os cães", afirma.

Além disso, gastos com cães são maiores, e os custos influenciam na escolha pela espécie.

"O levantamento mais recente do IPB aponta que, em média, mensalmente, um cão requer cuidados que chegam a cerca de R$ 340. Quando são cães de pequeno porte (até 10 kg), o valor fica em torno de R$ 266; médios (de 11 kg a 25 kg), R$ 327; e grandes (de 26 kg a 45 kg) geram despesas de cerca de R$ 422 por mês. No caso de gatos, a despesa mensal é de R$ 197, em média. Aves como canário e periquito podem gerar um desembolso de R$ 7,80 por animal/mês. Além de alimentação, deve-se levar em conta gastos com banho, tosa, vacinas, outros remédios, antipulgas e vermífugos", diz Marraccini.

Seja qual for o pet, manter o animal feliz e saudável é responsabilidade do tutor. "O fato de gatos terem uma personalidade diferente da de cães não quer dizer que não exijam cuidados. Quem pensa em ter um felino em casa tem que ter a consciência de que haverá gastos com alimentação, saúde, lazer, entre outros", ressalta.

A grande procura por pets no país, que teve um boom no começo da pandemia, impacta o resultado do setor. Em expansão apesar de Covid, crise e guerra da Ucrânia, terminou 2021 com um faturamento de R$ 51,7 bilhões, alta de 27% em relação ao ano anterior.

A previsão é que o brasileiro mantenha os cuidados com alimentação e saúde. A expectativa para este ano é que o setor de produtos, serviços e comércio de animais de estimação tenha alta de 14% e faturamento de R$ 58,9 bilhões, segundo projeções do Instituto Pet Brasil feitas com base no desempenho do varejo pet no primeiro trimestre.

O censo do IPB é anual e tem como base o cruzamento de dados das principais fontes de pesquisa sobre a população pet no país, como IBGE e Euromonitor. Também usa, por exemplo, dados do Ministério da Economia para esses cruzamentos.

Quer ter um cachorro? O que saber antes de adotar um pet

Ter um cachorro é sinônimo de amor incondicional. Mas a chegada de um animal de estimação implica alteração de rotina, dedicação e gastos.

Um cachorro vive, em média, 12 anos. Cabe ao tutor se responsabilizar por seu bem-estar durante toda a sua vida.

Como integrante da família, o animal precisa atenção, carinho, acesso a abrigo, água fresca, lazer e cuidados com higiene, alimentação e saúde física e mental.

Por isso, antes de levar um pet para casa, é importante saber se o bichinho se encaixa na rotina da família e se o tutor terá tempo suficiente para ele.

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