Cuidar da saúde bucal dos animais de estimação é tão importante quanto da nossa, e hábitos simples podem evitar doenças graves.
Escovar os dentes do peludo, no entanto, pode não ser uma missão tão fácil, mas é importante para prevenir a formação de placa bacteriana e requer persistência.
Em meio a isso, muitos tutores têm dúvidas sobre a saúde oral dos pets. Abaixo, Daniela Scatena, dentista veterinária na rede de clínicas Pet Care, lista mitos e verdades.
É possível eliminar o tártaro dos pets com uso de petiscos
MITO - Os petiscos podem ajudar na limpeza dos dentes, mas uma vez que a placa bacteriana se transformou em tártaro, ela só pode ser removida cirurgicamente. Por isso, é importante escovar diariamente os dentes do cão ou gato.
Cachorro e gato também têm dor de dente
VERDADE - Como os pets não falam, o tutor deve ficar atento a alguns sinais:
- Passar a patinha na boca muitas vezes
- Fazer movimentos repetitivos com a língua
- Balançar a cabeça
- Mudar a maneira como mastiga
- Deixar cair os grãos de ração da boca
- Mau hálito
Gatos e cachorros não precisam escovar os dentes
MITO - Assim como nós precisamos escovar os dentes para evitar o acúmulo de placa bacteriana e a formação de tártaro, cães e gatos também precisam. O ideal é acostumar o pet à escovação desde filhote, mas sempre é hora de começar. Uma dica é iniciar massageando as bochechas, depois os dentes com uma gaze e, então, introduzir a escova e o creme dental. Seja paciente e persistente, o processo pode demorar alguns dias ou semanas.
Mau hálito é normal com a idade
MITO - Muita gente pensa que é normal os pets terem aquele "bafinho de peixe". Não é. O mau hálito é o primeiro sinal de que o cão ou gato precisa de tratamento periodontal.
É preciso fazer checkup da boca todos os anos
VERDADE - A orientação é levar o pet para examinar a boquinha pelo menos uma vez por ano ou sempre que for recomendado pelo veterinário. Cães idosos e de raças pequenas podem precisar de checkup mais de uma vez ao ano.
É possível tratar os dentes do pet sem anestesia
MITO O tratamento periodontal só pode ser feito com os animais desacordados, para que seja possível manipular de forma segura toda a boca. Acordados, eles não permitiriam que fosse feito o raio-x intraoral e poderiam se mexer durante o tratamento, se machucando e causando acidentes.
Anestesia geral não é segura
MITO - A anestesia geral inalatória é segura. Antes de receber a anestesia, são feitos os exames preparatórios, normalmente hemograma, ecocardiograma e eletrocardiograma. É com base no resultado dos exames que o veterinário determina se o cão ou gato está apto para ser anestesiado. Isso torna o procedimento seguro.
Durante o procedimento, o anestesista veterinário acompanha todo o processo e monitora pressão, temperatura, frequência cardíaca e respiratória dos animais. Caso haja alguma intercorrência, o cachorro ou gato é socorrido imediatamente.
Cães pequenos têm maior predisposição a tártaro
VERDADE - Cães de raças pequenas como yorkshire, chihuahua, poodle toy, pinscher, maltês, shih tzu e papillon e lulu têm predisposição e acabam desenvolvendo tártaro e doença periodontal mais cedo.
A doença periodontal pode levar a outras doenças
VERDADE - Alterações cardíacas, renais, hepáticas e até mesmo nas articulações podem surgir em decorrência de uma boca descuidada. Escovar os dentes do pet todos os dias ajuda a evitar o aparecimento de tártaro e da doença periodontal.
A primeira limpeza dentária deve acontecer após os 5 anos
MITO - Não existe uma idade ideal. Alguns pets precisam fazer tratamento periodontal mais cedo, outros mais tarde, dependendo de inúmeros fatores, como a alimentação e o hábito de escovar os dentes. Durante a consulta de rotina, o veterinário deve verificar o estado geral da boca do seu pet e indicar o tratamento após avaliar, por exemplo, se tem sujeira, gengivite ou se a mordida está correta.
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