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Descrição de chapéu Pets

Saiba cuidados ao levar o pet a parques, cachorródromos e creches

Lugares com alta circulação de animais merecem atenção especial do tutor, afirma veterinário

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Levar o pet a parques e cachorródromos pode ser uma boa opção para o cachorro se divertir, gastar energia e interagir com outros animais. No entanto, não são raros relatos de brigas, peludos machucados ou que acabaram doentes após o passeio.

Para a diversão segura do pet, o tutor deve levar em consideração alguns cuidados ao procurar esses lugares, assim como creches.

Isso porque, para frequentar esses espaços, o animal precisa ser sociável e estar com a saúde e as vacinas em dia, sob risco de colocar outro animal em perigo.

"Lugares com alta circulação de pets merecem uma atenção especial dos tutores", afirma Italo Oliveira, médico-veterinário do Centro Veterinário Seres, do grupo Petz.

Pets brincam em cachorródromo na região central de São Paulo - Danilo Verpa-14.jun.16/Folhapress

Além da questão comportamental, o animal pode sofrer com doenças que se espalham facilmente entre os pets, como parvovirose, cinomose, doenças respiratórias e aquelas transmitidas por carrapatos, diz Oliveira em entrevista ao blog. Problemas de pele também podem ocorrer.

No entanto, outros pontos de atenção dos tutores devem ser a presença de insetos, de plantas tóxicas e a ingestão de objetos ou alimentos abandonados —e que podem estar estragados ou envenenados.

Leia o que diz o veterinário sobre alguns tópicos:

INTERAÇÃO COM SEGURANÇA

Primeiro, vale lembrar o quão importante é avaliar o comportamento do seu pet e fazer uso de coleira e guia. A interação entre os pets deve acontecer de forma natural, e isso pode desencadear euforia, medo e até agressividade.

É recomendado que o tutor esteja sempre atento aos sinais e que mantenha sob monitoração as possíveis mudanças de comportamento.

Algumas cidades e estados obrigam por lei o uso de focinheiras para algumas raças específicas, como pit bull, pastor alemão, rottweiler e dobermann. E vale lembrar também que, além dessas raças, caso seu pet seja agressivo, deve primeiro passar por sessões de adestramento e até consulta com médico veterinário especialista em comportamento animal para que, só após o aval de um profissional, possa conviver com os demais pets sem risco.

CÃES DE GRANDE PORTE

Cães de grande porte, muitas vezes, são "mal interpretados", pois por serem grandes e desajeitados podem machucar os menores sem a intenção.

Por exemplo, um cão de 4 kg, quando brinca com um de 40 kg, pode ser atingido por uma patada de forma não agressiva, mas que gerará dor e poderá desencadear agressividade, culminando em uma briga.

Portanto, é recomendável que os cães de grande porte se socializem entre si. Se estiverem com outros animais menores devem ser supervisionados a todo momento, evitando brincadeiras mais intensas, desde que tenham comportamento dócil e o tutor esteja ao lado.

TEMPERATURA

Os passeios devem acontecer em horários de menor temperatura do dia (início da manhã ou final da tarde), evitando queimaduras e outras complicações de saúde.

Ter água disponível para manter a hidratação, petiscos e até ração para passeios mais longos, além evidentemente de saquinhos para recolher suas necessidades, também são pontos importantes.

RISCO DE DOENÇAS

As doenças mais comuns nesses espaços são aquelas que possuem alto fator de transmissão. São elas a giardíase, parvovirose, cinomose, doenças respiratórias que desencadeiam sinais de gripe, como a tosse dos canis, dentre outras.

Doenças transmitidas por carrapatos possuem grande incidência também, sendo a erlichiose, babesiose e anaplasmose as mais comuns.

Pulgas e carrapatos são uma grande preocupação por serem transmissores de doenças, por isso é tão importante manter em dia a proteção contra pulgas e carrapatos dos pets —chamados pela classe médica veterinária de ectoparasiticidas.

VACINAS E VERMÍFUGOS

Mais do que importante, é imprescindível estar com o protocolo vacinal em dia, e não apenas a múltipla e raiva, mas também as vacinas contra gripe, leptospirose e leishmaniose (em áreas endêmicas).

Outro ponto importante, hoje os pets passeiam em diferentes áreas, indo à passeios em ambientes diferentes de seu habitat natural, como praias, fazendas. Para esses pets, o uso de medicações contra, por exemplo, o verme do coração (dirofilariose) é importantíssimo para garantir a proteção e evitar tal doença que pode ser potencialmente letal em casos mais graves e com diagnóstico tardio.

Ao adentrar em regiões com outros pets, não sabemos quais doenças estão circulando entre todos os animais. Há pets que estão em bom estado geral, porém podem ser transmissores. Assim, vacinar o seu pet adequadamente garante uma proteção contra os principais agentes presentes na vacina.

CONTATO COM PLANTAS TÓXICAS

Inúmeras plantas podem ser tóxicas quando ingeridas, mas algumas mais conhecidas são comigo-ninguém-pode, espada de são Jorge, azaleia, folha da fortuna, copo de leite. Essas, por serem mais frequente de serem encontradas, são as mais apontadas como agentes que intoxicam com facilidade os pets e devem ser evitadas.

CONTATO COM OBJETOS, ALIMENTOS E INSETOS

É importante que o tutor mantenha sempre atenção a qualquer objeto, alimento ou planta durante o passeio, e assim evitar que o contato ou ingestão aconteça.

Pequenos insetos também podem ser vilões em passeios, principalmente em animais alérgicos. Portanto, redobre a atenção em relação a formigas, abelhas, vespas, aranhas.

O QUE FAZER E O QUE NÃO FAZER

Caso o pet tenha tido contato ou ingerido alguma planta tóxica, alimento ou objeto desconhecido e apresente sintomas como irritação da cavidade oral (língua, boca e garganta), náusea ou vômitos, tremores, convulsão, alteração respiratória e diarreia, o tutor deve ir imediatamente à um médico veterinário para que possa avaliar a gravidade e iniciar rapidamente o tratamento.

Medidas caseiras como administração de leite, café, óleo e indução de vômito com água com sal podem ser prejudiciais. Mesmo que pareçam inofensivas, o paciente pode aspirar tais agentes quando administrados e piorar o quadro.

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