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Deputados recusam relatoria, e novo sorteio será feito para caso Brazão no Conselho de Ética

Presidente do colegiado afirma que realizará novo sorteio nesta quarta (17)

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O presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA), disse que fará um novo sorteio para escolher quem será o relator do processo de cassação do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) no âmbito do colegiado.

Os três nomes sorteados na semana passada declinaram de assumir a relatoria. Eram eles: Bruno Ganem (Podemos-SP), Ricardo Ayres (Republicanos-TO) e Gabriel Mota (Republicanos-RR).

O presidente do colegiado escolheria um deles para atuar como relator, mas todos recusaram. Ayres e Ganem votaram favoráveis à manutenção da prisão de Brazão na semana passada. Mota, ausentou-se.

Agora, o Conselho terá de realizar um novo sorteio para, num segundo momento, designar quem será o relator. A previsão é que isso ocorra na sessão do conselho desta quarta-feira (17). "Os três declinaram. Com isso, faremos um novo sorteio", diz Lomanto Junior.

O deputado Chiquinho Brazão no plenário da Câmara - Zeca Ribeiro - 1.dez.21/Divulgação/Câmara dos Deputados

Ganem afirma à reportagem que resolveu declinar porque o processo "exige atenção e dedicação exclusiva, dada a sua importância", e ele é pré-candidato à prefeitura de Indaiatuba (em São Paulo).

"Enfatizo que o momento não me permitiria atuar na relatoria da forma que eu considero ser a ideal: com foco absoluto. Tenho certeza que teremos um relator compromissado a trabalhar assim", disse.

Ayres diz que ele foi designado para ser relator de outro processo, contra o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), e acabou optando por esse segundo.

Já Mota diz que declinou após conversar internamente no partido. "Uma decisão pessoal minha em conjunto com o Republicanos. Achamos melhor não aceitar", disse.

Como a Folha mostrou, a decisão de manter Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) preso não deve acelerar a análise do pedido de cassação do deputado no Conselho de Ética .

Na última quarta (10), o plenário da Casa manteve a prisão do deputado, que é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), em 2018.

Deputados afirmam que apesar de se tratar de um caso de grande dimensão, o rito não será atropelado. Eles afirmam ainda que é necessário seguir os procedimentos até mesmo para evitar uma eventual nulidade do processo mais adiante. Nos bastidores, apesar disso, parlamentares dão como certa a cassação.

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