Café na Prensa

Tudo sobre a bebida, do grão à xícara

Café na Prensa - David Lucena
David Lucena

Como escolher o melhor café para seu paladar no supermercado?

Informações no rótulo dão pistas dos sabores e aromas que cada pó revelará na xícara

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São Paulo

O mercado de café brasileiro tem crescido em diversidade nos últimos anos. Com isso, há, atualmente, muitos tipos e categorias do pó disponíveis nas prateleiras do supermercado.

Diante disso, o consumidor às vezes até tenta comprar um grão diferente, mas fica sem saber escolher quais as melhores opções para seu gosto –e seu bolso.

Contudo, há informações no rótulo dos produtos que podem auxiliar bastante na hora da escolha.

Neste 1º de outubro, quando é celebrado o Dia Internacional do Café, o Café na Prensa dá um pequeno guia de compras, com algumas dicas de como você pode escolher os melhores cafés de acordo com seu paladar.

(Para saber mais sobre esta data global, como quem determina qual é o Dia Internacional do Café e quais são as outras datas dedicadas à bebida, clique aqui.)

Dezenas de pacotes de cafés em prateleiras de supermercado
Cafés nas prateleiras de um supermercado de São Paulo - David Lucena/Folhapress

Primeiramente, é preciso entender que existem cafés das seguintes categorias: extraforte, tradicional, superior e gourmet. Essas classificações representam diferentes características sensoriais e são auditadas pela Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café).

Na verdade, há até um selo de qualidade da Abic que está impresso na maioria dos rótulos e que atesta a qual categoria o café pertence. Então conferir este selo para descobrir qual a categoria do café já é um bom ponto de partida.

Mas o que de fato significam essas classes? E como saber qual delas me agrada mais?

O café extraforte é altamente amargo e adstringente, e é recomendado principalmente para quem costuma adoçar a bebida, já que o açúcar controla o amargor. O tradicional é menos amargo, mas ainda apresenta um amargor alto. Essas duas categorias correspondem a cerca de 90% dos cafés vendidos no Brasil.

O café superior tem amargor e acidez que variam de leve a moderado. Além disso, pode apresentar sabor amendoado e de chocolate. É, pois, uma bebida mais suave e pode ser uma boa opção para quem está habituado aos cafés tradicionais e quer começar a experimentar novos sabores, mesmo porque ele não costuma ter valores muito mais altos do que os comuns.

Já o gourmet produz uma bebida com mais doçura e tem acidez de moderada a alta. Apresenta notas frutadas e florais. É um café suave, doce, frutado e, às vezes, até um pouco cítrico. Os preços, contudo, costumam ser mais elevados.

Confira essas e outras dicas de como escolher o café na galeria de imagens abaixo:

Além da categoria, outra informação que pode ajudar o consumidor é o ponto de torra. De forma resumida, um café de torra clara produz bebidas com maior acidez e menos amargor. Uma torra escura revelará um café mais amargo –popularmente conhecido como "café forte". Já na torra média, busca-se um equilíbrio entre os atributos.

Outra informação que aparece com bastante frequência nos rótulos é a espécie, ou seja, se o café é 100% arábica ou se tem grãos canéfora em sua composição. Isto porque, historicamente, o café arábica era visto como sinônimo de qualidade.

De fato, esses grãos apresentam maior complexidade sensorial e pode ser um indicativo de que o café é mais saboroso. Mas nem sempre é assim, pois de nada adianta ser arábica se não teve um processamento e torra adequados. Ou seja, sim, a informação da espécie deve ser observada pelo consumidor, mas não deve ser encarada como uma garantia de qualidade.

Segundo Celírio Inácio, diretor executivo da Abic, há outras coisas às quais é preciso ficar atento. O preço é um deles. É claro que o consumidor sempre busca opções que apresentem a melhor relação custo/benefício. Mas, se o preço é baixo demais, é preciso desconfiar.

Como se trata de um produto feito de uma única matéria-prima, ou seja, o café torrado, não há muita elasticidade de preço. Logo, é de estranhar se uma marca ofertar um produto com valor muito abaixo das demais, diz Inácio.

Além disso, ele afirma que é preciso prestar atenção às marcas desconhecidas que entram e saem do mercado facilmente. Muitas vezes, essas marcas podem estar atuando de forma não idônea, ou seja, sem observar os padrões de pureza e qualidade da Abic. Por isso, não permanecem muito tempo.

Seja como for, o importante é escolher um café que agrade ao seu paladar e que caiba no seu bolso. E não é porque ingerir a bebida é um hábito que ela deve ser sempre igual. É possível variar as escolhas, experimentar novas categorias e marcas. Só assim você encontrará aqueles que mais lhe agradam.

Acompanhe o Café na Prensa também pelo Instagram @davidmclucena e pelo Twitter @davidlucena

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