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Conheça Órion, gato terapeuta que atende pacientes em hospitais de SP

Felino que foi resgatado de situação de maus tratos e adotado já adulto faz parte da ONG Patas Therapeutas

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São Paulo

A função de Órion, um gato sem raça definida de aproximadamente 7 anos, é oferecer amor. Ele visita pacientes em hospitais, idosos que vivem em casas de repouso e até policiais militares que trabalham no Copom (Centro de Operações da Polícia Militar), em São Paulo.

Órion é um dos quatro felinos —com Ágata, Odin e Cassandra— que fazem parte dos animais terapeutas da ONG Patas Therapeutas. Eles trabalham atualmente com cerca de 90 animais. "Além dos gatos, temos três furões, um coelho, duas galinhas e o restante são cães de todas as raças e tamanhos, inclusive os sem raça definida", conta Silvana Fedeli Prado, fundadora da organização.

O objetivo da visita dos animais é reduzir o estresse e promover o bem-estar das pessoas. "Temos como missão oferecer os benefícios dos efeitos da convivência com animais, trazendo resultados cientificamente comprovados para a saúde física, emocional, mental e social das pessoas com diversas patologias ou mesmo sem", afirma Silvana.

A comissária de bordo Eunice Vieira, 43, tutora de Órion, diz que adotou o bichano no Abrigo Anjo Gabriel, em 2018.

"Ele resgatado pelo abrigo de uma situação de maus tratos e estava muito debilitado. Eu o adotei quando vi sua foto e li sua história", recorda Eunice.

"Como ele veio de maus tratos, eu achava ele seria um gatinho mais receoso com pessoas, daqueles que se escondem quando uma visita chega em casa. Mas eu estava enganada. Ele é muito confiante, recebe as visitas na porta e é extremamente amoroso e delicado com as pessoas", conta.

Além do comportamento afável com seres humanos, Órion também adora passear na rua ou de carro.

Ao observar a personalidade sociável do felino, Eunice decidiu inscrevê-lo para ser colaborador da ONG Patas Therapeutas, cujo trabalho ela já conhecia pelas redes sociais.

"Eu entrei em contato com eles, participei as palestras iniciais, e o Órion fez uma avaliação de comportamento para ver se estava apto para ingressar. Para participar é preciso seguir algumas regras, como ser castrado, ter as vacinas em dia, o antipulga também e tomar remédios para verminoses", explica.

Eunice diz que o felino atua em hospitais, lares de idosos, abrigo de crianças e no Copom, da Polícia Militar, (Polícia Militar). As visitas acontecem de duas a três vezes por mês, com duração de uma hora.

"É muito gratificante ele ser um gatinho terapeuta, pois os gatos são em número bem pequeno se comparado aos cães. É mágico ele demonstrar carinho, respeito e levar amor a adultos, idosos e crianças, ainda mais considerando que, no início de sua vida, os humanos foram negligentes e cruéis com ele", diz a tutora orgulhosa.

Apesar de ter sido "filho único" desde 2018, há quatro meses Órion divide a casa e a atenção de Eunice com Sirius, outro gato adulto que foi adotado por ela no mesmo abrigo e que também foi resgatado de situação de maus tratos.

Apesar de adaptação ter sido um pouco demorada, a tutora diz que agora eles já se dão muito bem. "Em casa, o Órion é um sonho de gato. Ele é muito calmo, delicado e carinhoso. Hoje a convivência com o Sirius é maravilhosa e ele brinca muito mais do que antes", afirma.

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