O levantamento apresentado pela campanha do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) polarizou ainda mais os ânimos nas redes sociais e se transformou em uma guerra de hashtags no Twitter. De um lado, apoiadores do presidente tentam subir a tag "#RadiolãodoPT", enquanto opositores sobem o termo "Jair em Desespero".
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, decidiu nesta quarta-feira (26) rejeitar a ação apresentada pela campanha do presidente sobre suposto boicote de rádios na veiculação da propaganda eleitoral. Moraes apontou possível "cometimento de crime eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito em sua última semana" e mandou o caso para ser avaliado dentro do inquérito das fake news.
Como mostrou a Folha, o relatório tem falhas que invalidam conclusões de suposto favorecimento à campanha do ex-presidente Lula (PT): o monitoramento foi feito com base em serviços de streaming, em que a veiculação de propaganda política não é obrigatória.
Bolsonaristas buscam pautar o debate argumentando que a "grande mídia" não está dando a atenção devida ao caso, apesar de todas as reportagens divulgadas amplamente pelos jornais de maior circulação do país.
Um dos principais perfis de apoio ao presidente, @teatualizei, com mais de 1,5 milhão de seguidores no Twitter mobiliza a hashtag e insiste na narrativa de fraude no TSE para favorecer a campanha de Lula.
O questionamento pela exoneração do servidor que alega ter feito as denúncias de falhas na distribuição de campanhas eleitorais também foi mobilizado. Como revelou a Folha, Alexandre Gomes Machado foi desligado do cargo de assessor do TSE após o gabinete de Alexandre de Moraes interpretar que ele estava tomando atitudes com falta de isenção e com aparência de atuação política em sua função, além de atrapalhar os trabalhos na corte.
Ele procurou a Polícia Federal para prestar depoimento dando sua versão sobre a demissão. Em nota divulgada nesta quarta-feira (26), o tribunal disse que a demissão "foi motivada por indicações de reiteradas práticas de assédio moral, inclusive por motivação política, que serão devidamente apuradas".
Em agenda em Minas Gerais, o presidente Jair Bolsonaro também repercutiu o caso levantando suspeitas, sem provas, de favorecimento ao PT. Rádios dizem ter provas que contestam o relatório enviado pela campanha do presidente ao TSE.
No lado dos opositores do presidente, internautas ironizam: "O bolsonarismo já foi melhor nas fake news" e sobem o termo "Jair em Desespero" entre os assuntos mais comentados do Twitter.
"Auditoria de Taubaté", comentam sobre o relatório enviado pela Audacity.
A guerra por engajamento, assim como visto nas lives com presença de Lula e Bolsonaro, também chegou aos Trending Topics.
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