Manifestantes bolsonaristas entraram na Esplanada dos Ministérios neste domingo (8), em Brasília, e invadiram a parte superior e a área interna do Congresso Nacional, entrando em confronto com a PM.
Os golpistas, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), vieram do acampamento montado diante do Quartel-General do Exército protestar contra o legítimo resultado das eleições e a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Durante a tarde de hoje, os termos "Congresso Nacional", "manifestantes" e "golpe de estado" estiveram em alta no Twitter. As expressões "patriotarios" e "supremo é o povo", também em alta, exemplificaram a polarização do debate em rede. A segunda está sendo utilizada pelos bolsonaristas em defesa das ações antidemocráticas.
Veja a repercussão.
Vídeos da invasão e de atos de vandalismo também estão sendo compartilhados por Twitter.
Internautas ainda criticam a atuação do ministro da Defesa José Múcio e de Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal, por não terem conseguido desmobilizar o acampamento bolsonarista após a posse de Lula.
Por isso, muitos pedem por intervenção federal. "É preciso imediatamente intervenção federal no DF. O governador Ibaneis perdeu as condições de seguir no comando!", afirma o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP).
Por sua vez, bolsonaristas veem a invasão como uma demonstração de soberania popular. Para além de compartilharem conteúdo com termo "supremo é o povo", alguns relembraram os atos de junho de 2013, quando o teto do Congresso também foi ocupado por manifestantes.
O mapa de interação compartilhado pelo analista de dados Pedro Barciela dá a dimensão da polarização em rede e dos atores políticos que se situam no debate.
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