A Meta, dona do Facebook e Instagram, anunciou em junho o programa Meta Verified, serviço de assinatura que dá acesso ao selo de verificação e suporte de contas personalizado. O lançamento partiu de uma reivindicação dos criadores de conteúdo emergentes, conta Mauro Bedaque, gerente de parcerias com criadores da Meta na América Latina.
"Era uma demanda que a gente recebia dos criadores de ter um serviço que ajudasse essa turma a crescer, a se conectar com mais gente, com novas audiências. É fruto de um diálogo que a gente escutava muito no mercado e também dos consumidores", diz.
A novidade foi vista com bons olhos pela estrategista digital e fundadora da Like Marketing, Rejane Toigo. Em entrevista ao #Hashtag, ela afirma que o serviço permitiu maior proteção no caso de fraudes médicas, como o caso da falsa médica de Perdizes, que usou o registro de profissional homônima para falsificar receitas e pedidos de exames e divulgava seu trabalho nas redes sociais; seu perfil no Instagram tinha mais de 87 mil seguidores.
"Quando eu adquiri o selo eu não tive mais perfis falsificados fazendo coisas em meu nome. Então eu acho que esse é o objetivo do selo, não é a pessoa fingir que tem mais autoridade ou que ela é mais do que alguém, a função é realmente certificar que aquela pessoa é ela mesma", opina Rejane.
Bedaque diz que o Meta Verified não é recomendado para a comunidade em geral, o chamado usuário comum, mas sim para os criadores de conteúdo que estão em crescimento nas redes "Eles passam a precisar de um serviço um pouquinho mais sofisticado do que um usuário normal de Instagram e de Facebook".
"O Instagram passou a ser parte da identidade profissional de muita gente, então eu acho que nada mais justo que essa identidade seja coroada com algumas ferramentas e que essas ferramentas estejam ao alcance de quem precisa delas", diz Rejane.
Além do programa de verificação, a Meta anunciou nos últimos tempos o concorrente do Twitter, o Threads, e os canais de comunidade. Bedaque, entretanto, ressalta que não é necessário que os criadores estejam em todas as redes sociais para atingir o público.
"É um trabalho sim de educação de base [nas novas redes sociais] na medida que a gente criou a partir do que a gente aprende com os próprios parceiros, mas também é um trabalho de costumização em que o próprio criador vai aprendendo sozinho, na medida em que ele vai vendo o que funciona e o que não funciona para os objetivos dele", explica.
Como configurar o Meta Verified
Para participar do Meta Verified, acesse a "Central de Contas" nas configurações de seu aplicativo do Instagram ou Facebook, vá em "Meta Verified", configure o pagamento e tire uma selfie com seu documento de identidade. A empresa também pode solicitar um vídeo-selfie para garantir a autenticidade.
Estão elegíveis para o programa todas as pessoas com mais de 18 anos que tenham documento de identificação emitido pelo governo, além de um número mínimo de postagens (ainda não divulgado). Empresas ainda não podem adquirir o produto.
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