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Ator pornô que rebateu Felipe Neto perde engajamento no X, mas comemora rendimento

Uma semana após bloqueio da rede no Brasil, Samuel Hodecker teve de se adaptar à nova realidade

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São Paulo

No dia em que foi anunciado o bloqueio iminente da rede social X no Brasil, o ator pornô Samuel Hodecker, 26, viralizou nas redes sociais ao rebater o influenciador Felipe Neto, que minimizou o impacto da medida do STF (Supremo Tribunal Federal). Na publicação, Hodecker lembrou que criadores de conteúdo adulto como ele seriam prejudicados com a decisão.

Ator pornô, Samuel Hodecker analisa em vídeo engajamento e rendimento uma semana após banimento do X no Brasil
Ator pornô, Samuel Hodecker analisa em vídeo engajamento e rendimento uma semana após banimento do X no Brasil - Reprodução

Originalmente de Brusque (SC) e há dois morador de Santiago, no Chile, Hodecker compartilhou em entrevista ao #Hashtag como repercutiu o embate com um dos maiores influenciadores digitais do Brasil e o cenário atual de quem teve que se adaptar ao fim do X no país para continuar vivendo da produção de conteúdo adulto.

Samuel Hodecker se considera ator pornô por ter contrato com produtoras profissionais. Apesar desse status, ele usa a rede social de Elon Musk para divulgar fotos e vídeos em sua conta.

O ator conta que recebeu muitas críticas ao rebater o influenciador digital, inclusive de outros criadores de conteúdo adulto, mas não se arrepende do posicionamento.

"Felipe Neto foi muito hipócrita, porque se fosse o YouTube que saísse fora do Brasil em 2015, ele também estaria bravo e preocupado com o trabalho. Mas como ele já tem o dele ganho, não faz diferença". Procurado pela reportagem, o influencer não quis comentar.

Print mostra publicação em que Samuel Hodecker rebate Felipe Neto sobre os impactos do bloqueio do X no Brasil
Samuel Hodecker rebate Felipe Neto sobre os impactos do bloqueio do X no Brasil - Mayara Paixão/Reprodução

Hodecker começou a usar o antigo Twitter com a finalidade de compartilhar vídeos e imagens em 2021 após ficar desempregado e enfrentar uma crise de depressão. Atualmente com mais de 450 mil seguidores, ele diz que a rede social é um "balcão de negócios" para quem cria conteúdos sexuais.

Essa dinâmica acontece porque, apesar de não existir monetização dentro do X, criadores de conteúdo usam-na para divulgar suas contas em plataformas cujos seguidores precisam pagar para ter acesso, como OnlyFans e Privacy.

Em junho de 2024, vídeos e imagens pornográficas foram oficialmente permitidas de circular na plataforma. O cenário fez com que criadores desse tipo de conteúdo usassem o X para promover ainda mais o próprio trabalho.

Em outras redes sociais populares, no entanto, esse tipo de conteúdo é estritamente proibido, caso do Instagram e Facebook, da Meta. Quem publicar imagens ou vídeos de nudez nessas plataformas pode ter a conta banida.

Samuel Hodecker, por morar fora do Brasil, não foi atingido pela medida do STF, mas parte de seus seguidores, sim. Ainda ativo no X, mudou o idioma das postagens do português para o inglês a fim de alcançar novos públicos. Tem dado resultado.

Em vídeo publicado nos stories no perfil do Instagram, que soma mais de 130 mil seguidores, ele explica que o algoritmo do X fez com seu conteúdo alcançasse ainda mais um público estrangeiro à medida que os brasileiros deixaram de engajar.

"O meu engajamento em si no Twitter caiu, porque ele excluiu o público brasileiro. Mas o meu rendimento subiu 10%, porque eu não uso plataforma brasileira, eu uso OnlyFans", diz ao blog.

A afirmação dele se refere principalmente aos usuários da concorrente Privacy. Por ser voltada ao público brasileiro, criadores de conteúdo que estão no Brasil estão com dificuldade de ampliar o público pelo fato da plataforma não ser popular fora do país.

Ele se considera uma pessoa de centro no espectro político e vê a decisão de bloquear o X após descumprir medidas judiciais como acertada: "A gente tem que impor o nosso país com uma soberania. Não é por que o cara [Elon Musk] é bilionário que ele vai fazer uma bagunça aqui dentro".

Samuel Hodecker lamenta, porém, os impactos da medida. "É matar uma formiga com uma bola de canhão. Para resolver um probleminha está fazendo mais estrago do que resolvendo", diz.

Sobre o que esperar do futuro, ele avalia que se o Twitter demorar para voltar, o público brasileiro deve se consolidar no Bluesky e deixar a plataforma de Musk no passado.

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