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Que imposto é esse - Eduardo Cucolo
Eduardo Cucolo

Reforma Tributária: Câmara pode votar segundo projeto na próxima semana

Regulamentação do Comitê Gestor do IBS é vista como de fácil aprovação; Senado não tem data para analisar primeiro projeto

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Nivaldo Souza
Brasília

O segundo projeto de lei de regulamentação da reforma tributária (PLP 108/2024), que trata do Comitê Gestor do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e da tributação sobre heranças, pode entrar na pauta de votação da Câmara na semana de 12 a 16 de setembro.

O presidente Arthur Lira pretende costurar acordo com os líderes para colocar o texto em votação na primeira das três semanas de esforço concentrado antes das eleições municipais.

Por conta do pleito em outubro, os deputados serão liberados para disputar as eleições ou fazer campanha nas suas bases eleitorais. O plenário da Câmara só deve votar projetos nas semanas de 12 a 16 e 26 30 de agosto, e de 9 a 13 de setembro.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), durante votação da reforma tributária em 2023 - Gabriela Biló-06.jul.2023/Folhapress

O PLP 108 regulamenta as regras de divisão do IBS entre estados e municípios, como previsto na proposta de emenda constitucional da reforma tributária, a PEC 45/2019, aprovada pelo Congresso em 2023. O futuro imposto sobre bens e consumo vai substituir o ICMS (estadual) e o ISS (municipal).

O projeto prevê, ainda, a cobrança do ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos) sobre transferência de planos de previdência privada. A incidência do chamado "imposto sobre herança" planos é uma demanda dos governadores.

Há resistência das operadoras, mas na Câmara o tema é visto como pacificado em razão do apoio dos governos estaduais. Isso torna a aprovação mais fácil de avançar.

Projeto no Senado

Os deputados já aprovaram o PLP 68/2024, texto mais abrangente sobre a incidência do IBS e do futuro imposto federal CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços).

O projeto está no Senado, sob relatoria do senador Eduardo Braga (MDB-AM), que pretende apresentar um cronograma de trabalho em meados de agosto. O texto, contudo, não tem previsão de data para ir ao plenário.

O presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MD) aguarda o retorno do recesso nesta semana para definir o calendário de trabalho do Senado até as eleições. Ele vai definir as semanas de esforço concentrado com os líderes partidários.

Independente do calendário, Braga avalia iniciar um ciclo de audiências públicas com setores empresariais para ouvir demandas de mudanças no texto enviado pela Câmara. O relator encomendou uma análise da área técnica do Senado.

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