Que imposto é esse

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Que imposto é esse - Eduardo Cucolo
Eduardo Cucolo
Descrição de chapéu Folhajus

Transação tributária no Orçamento de 2025

Governo prevê arrecadar R$ 73 bilhões com negociações, mas resultado depende de empresas

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São Paulo

A proposta de Orçamento para 2025 prevê R$ 121,5 bilhões classificados como receitas extraordinárias ligadas a questões tributárias que não dependem do Legislativo. Mas dependem, em sua maioria, da disposição das empresas em negociar com o governo.

Das cinco fontes de recursos listadas pela Receita Federal, três se referem à expectativa de arrecadação com transações tributárias.

As negociações com o próprio fisco devem render R$ 31 bilhões, considerando editais referentes a transações individuais, por adesão ou relevante controvérsia jurídica.

Outros R$ 15,5 bilhões se referem à recuperação de créditos inscritos na dívida ativa por meio do PTTI (Programa de Transação Tributária Integral). No ano passado, a recuperação da dívida ativa via transações tributárias somou R$ 20,7 bilhões.

Há também R$ 26,5 bilhões na rubrica "Transação de Relevante e Disseminada Controvérsia Jurídica (inclui PTTI)", que trata dos editais sobre processos no contencioso administrativo.

Completam a lista R$ 28,5 bilhões esperados de acordo com empresas derrotadas pelo voto de qualidade no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) e R$ 20 bilhões com o controle especial na utilização de benefícios tributários, por causa da Dirbi (Declaração de Incentivos, Renúncias, Benefícios e Imunidades de Natureza Tributária), que as empresas precisam enviar à Receita.

Para este ano, o governo prevê R$ 37,7 bilhões com o voto de desempate no Carf —a estimativa inicial no Orçamento era de R$ 55 bilhões. No mês passado, a Receita Federal disse que a instituição criou equipes especiais para negociar com os contribuintes, numa tentativa de agilizar o processo, que pode levar até seis meses a partir da conclusão do julgamento. Vários contribuintes apresentaram propostas, segundo o órgão.

Secretários da equipe econômica sentados na mesa durante em coletiva do PLOA (Projeto de Lei Orçamentária) de 2025
Secretários da equipe econômica em coletiva do PLOA (Projeto de Lei Orçamentária) de 2025 - Washington Costa/Divulgação/MF

No final do mês passado, a Receita publicou portaria que cria o Programa de Transação Integral, com objetivo de regularizar dívidas e encerrar litígios de forma consensual, com participação também da PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional)

O programa inclui a transação na cobrança de créditos judicializados de alto impacto econômico e a transação no contencioso tributário de relevante e disseminada controvérsia jurídica e de alto impacto econômico.

A segunda modalidade inclui 17 temas em discussão, como contribuições previdenciárias sobre participação nos lucros e resultados, amortização de ágio, pejotização de pessoa física, "stock options" e remessas ao exterior efetuadas por empresas do setor aéreo.

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