O Brasil e o mundo estão pesquisando cada vez mais pelos termos "dormir" e "sono". No Brasil, as consultas aumentaram 130% nos últimos cinco anos (de 2019 a 2023) em comparação com o período anterior (2014 a 2018), segundo dados exclusivos do Google Trends divulgados nesta terça-feira (12). No mundo, o crescimento foi de 70% no mesmo período.
As buscas por "muito sono" ou "excesso de sono" também bateram recorde no Brasil em 2023. De acordo com a ferramenta do Google, "muito sono, o que pode ser?" é a segunda pergunta mais buscada sobre dormir/sono no país no último ano. "Como dormir rápido?" foi a primeira da lista.
Outras perguntas da lista ainda tratam da posição para dormir (para bebês e grávidas, inclusive), do motivo de dormir e da quantidade de horas ideal.
História, música, oração, remédio e chuva são os termos mais buscados na consulta "...para dormir". No último ano, o Brasil foi o sexto país com mais interesse de busca por melatonina.
Transtornos como depressão e ansiedade podem mudar o padrão de sono, gerando dificuldades para dormir. "Durante o dia, quando estamos mais atarefados, o pensamento se estrutura no córtex pré-frontal do cérebro, onde estão as áreas de julgamento, planejamento e razão. Quando o córtex relaxa, ele se direciona às emoções. Consequentemente, os pensamentos ansiosos que estavam dormentes durante o dia surgem à noite", explica Monica Machado, psicóloga e fundadora da Clínica Ame.C.
Como dormir melhor
A prática de higiene do sono é formada por uma série de condutas indicadas por especialistas, que devem ser tomadas ao longo do dia, para conseguir dormir melhor à noite.
O neurocientista Andrei Mayer, professor do Departamento de Ciências Fisiológicas da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e apresentador do podcast A culpa é do cérebro, explica que essa reeducação inclui algumas atitudes, como se expor mais à luz natural, evitar beber café após as 15h, praticar exercícios físicos (até uma hora e meia antes de dormir, pelo menos) e jantar duas horas antes de dormir.
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