Alvaro Costa e Silva

Jornalista, atuou como repórter e editor. É autor de "Dicionário Amoroso do Rio de Janeiro".

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Milícias expandem territórios e se fortalecem na política

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As milícias operam com agiotagem, extorsão em troca de segurança, comércio clandestino, tráfico, pagamento de propina, assassinato. Trabalham também com o fortalecimento de seu poder político.

Na terça (18) a Polícia Civil prendeu o vereador Fábio Brasil, conhecido como Fabinho Varandão. A organização criminosa à qual ele pertence explora dez localidades de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Na quinta (20) a operação Heracles —que tinha como alvo 118 milicianos— prendeu em flagrante um policial militar passando informações para a quadrilha de Wellington Braga, o Ecko, que atua nos bairros de Campo Grande, Paciência, Santa Cruz e Campinho, além de Seropédica e Nova Iguaçu, na Baixada, e Angra dos Reis, na Costa Verde. 

Em todo o Estado, cerca de 2 milhões de pessoas moram em territórios dominados por grupos paramilitares formados por bombeiros, ex-policiais e membros das forças de segurança na ativa. Em plena intervenção federal, eles deram um recado: o assassinato da vereadora Marielle Franco, não resolvido. ​

Foi preciso começar uma investigação dentro da investigação. A suspeita é que havia um esquema montado para impedir a elucidação do crime. Uma possibilidade —ainda faltam as provas— aponta que Marielle teria sido morta por atrapalhar negócios ligados à grilagem na zona oeste. Um crime por questões de terra, o que não seria novidade no Brasil.

Agora, quando a operação do Exército está no fim, tentaram dar outro recado: matar o deputado estadual Marcelo Freixo. O atentado estava sendo planejado por bandidos ligados a uma milícia da zona oeste. 
O relatório da Polícia Civil, cuja existência o próprio político comunicou à secretaria de Segurança, afirma que um policial militar e dois comerciantes são suspeitos de planejarem a execução. 

Traduzindo o bilhete: a milícia está mandando. Quase tudo dominado, inclusive na política.

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