Ana Fontes

É empreendedora social e fundadora da RME (Rede Mulher Empreendedora). Vice-presidente do Conselho do Pacto Global da ONU Brasil e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável da Presidência da República

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Descrição de chapéu Todas mercado de trabalho

Sim, o óbvio precisa ser dito

Quantas mulheres estão investindo seu tempo, energia e dinheiro em fórmulas charlatãs disponíveis nas redes sociais?

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De cortes de podcasts, reels, vídeos no TikTok, no mundo da internet, o empreendedorismo está cheio de especialistas no tema. Quantas mulheres estão investindo seu tempo, energia e dinheiro em fórmulas charlatãs disponíveis em massa nas redes sociais? Não me entendam mal, sou a favor da colaboração. Compartilho trajetória, dicas, acertos e erros para que outras se identifiquem e, assim, mantenham-se firmes em seus propósitos.

Gosto de frisar que certamente o que funcionou para mim não funcionará para a maioria delas. E isso é encorajamento. Sua rotina, sua raça, sua escolaridade, seu cotidiano, sua visão de mundo e de carreira, e muitos outros fatores devem ser considerados quando você inicia um projeto. Empreender não é fácil; empreender sendo mulher é barril dobrado. Além disso, o pacote para empreender sendo mulher é premium: dupla jornada, saúde mental, falta de acesso a crédito e investidores.

Ilustração de uma mulher trabalhando, sentada à mesa de escritório, em frente a um computador
Stock Adobe

Atente-se ao conteúdo que vocês estão consumindo, a grande maioria das empreendedoras brasileiras são empurradas a empreender para sobreviver. Dar cambalhotas entrando em uma sala de reunião importante é um privilégio exclusivamente dos homens. Para nós, sobra muito trabalho, especialização, dedicação e plot twist: não será suficiente.

O Brasil conta com mais de 10 milhões de mulheres donas de seus próprios negócios e é o 5º país com mais usuários de internet no mundo. É preciso mais do que nunca filtrar e repensar em quem você está se espelhando e colocando como referência. Não romantizar o empreendedorismo e seus processos é fundamental para não cair em golpes e, principalmente, na síndrome da impostora.

Não há caminho certo ou um manual de instruções para começar a empreender, mas, às vezes, o óbvio precisa ser dito: busque referências próximas à sua realidade e rotina, não se deslumbre com tudo que vê na internet, esse mundo foi construído para parecer mais incrível do que realmente é. Teste, recomece, teste de novo até o que é melhor para você ou seu dia a dia. Quando a esmola é demais, o santo desconfia. Nem tudo depende apenas do seu esforço. A meritocracia não existe. Por último, mas não menos importante, você sempre pode recomeçar.

Como parte da iniciativa Todas, a Folha presenteia mulheres com dois meses de assinatura digital grátis

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