Subsecretário vira Mauricio de Sousa e ator da Globo na Bienal

Nada de youtuber ou escritor pop. O nome que mais causou furor na Bienal do Livro no Rio de Janeiro foi o de Wolney Dias.

Ex-PM e atual subsecretário de operações da Secretaria Municipal de Ordem Pública, o funcionário da gestão de Marcelo Crivella visitou o evento para cumprir uma busca da prefeitura por livros considerados impróprios. Mas faltou avisar o público.

Quando Dias surgiu cercado por seguranças, cinegrafistas, fotógrafos e jornalistas, o burburinho sugeria que alguém famoso estava andando pelo evento. E um grupo de crianças e adolescentes começou a seguir o grupo em procissão.

“É o Mauricio de Sousa”, gritou um aluno como uniforme das escolas públicas do Rio. Logo foi repreendido: “Que nada, é aquele ator da Globo, esqueci o nome dele”. Quando Dias parou num estande e algumas pessoas puderam se aproximar, veio a decepção. “Quem é esse famoso? Achei que estava seguindo o Luccas Neto”, reclamou uma adolescente para a mãe.

MAIS VENDIDOS A lista oficial de livros mais vendidos na feira carioca só será divulgada no domingo (8), último dia de evento. Mas um levantamento preliminar com as editoras põe entre os mais procurados “Um Carinho na Alma” (Sextante), “Stranger Things: Raízes do Mal” (Intrínseca) e “O Hobbit” (Harper Collins).

MAIS VENDAS A sensação entre as editoras é que as vendas aumentaram em relação à última edição. Mesmo durante a semana, os caixas costumam ter filas. A Harper Collins, por exemplo, diz que vendeu em cinco dias mais do que em toda a Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

SEM VOLTA Já na Record, o título mais procurado foi “Wow - O Primeiro Contato”. Lançado pelo selo Versus, o romance marca a estreia do catarinense Pablo Zorzi. O autor viajou ao Rio para o primeiro fim de semana da Bienal. Quando descobriu que havia se tornado o mais vendido da editora, improvisou um aumento da estada e ficará na cidade até domingo (8).

MORTE E VIDA Entre os destaques exibidos pela Biblioteca do Exército está “Matar! - Um Estudo Sobre o Ato de Matar”, do americano Dave Grossman. O curioso é que o estande dos militares fica em frente ao da Federação Espírita Brasileira. Lá, é possível achar um livro de Chico Xavier que parece uma resposta aos vizinhos — “E a Vida Continua...”.