Tema pop nos últimos anos, os carros autônomos foram colocados de lado devido à pandemia do novo coronavírus. Para checar a temperatura do assunto, a consultoria PwC ouviu 500 empresários no Brasil.
O assunto, antes visto com entusiasmo, está agora sob desconfiança.
Para 62,4% desses empresários, carros capazes de circular sem a intervenção de um motorista levarão mais de 10 anos para chegar ao Brasil. Além disso, 32,5% dos participantes afirmaram que não renunciariam ao prazer de dirigir um carro tradicional.
Além disso, 46,7% dos entrevistados disseram que a infraestrutura inadequada das ruas dificulta a adoção dessa tecnologia.
A sensação de insegurança, que inclui o medo de sofrer um ataque cibernético, é o motivo que faz 22,8% dos empresários ouvidos optarem por continuar dirigindo seus carros.
O público-alvo do estudo tem o que mais interessa a montadoras que investem em tecnologias desse tipo: poder de compra.
Hoje, veículos equipados com sistemas que permitem um mínimo de automação, como frear e acelerar de acordo com o ritmo do trânsito, não custam menos de R$ 100 mil.
Resultados de estudos como o feito pela PwC no Brasil podem frear o desenvolvimento dos carros que dispensam o motorista, mas é preciso pensar também nas vantagens.
Acidentes que envolvem carros autônomos em teste chamam a atenção, mas as colisões e atropelamentos evitados pela frenagem automática presente em diversos modelos é um ponto que também precisa ser considerado.
A visão de um futuro robótico pode assustar, mas deixar de lado toda a evolução dos sistemas de segurança equivale a voltar duas décadas no tempo.
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