O setor automotivo encerrou o terceiro trimestre com bons números. Foram vendidos 584,6 mil veículos leves e pesados entre julho e setembro, o que representa alta de 16,1% em relação ao mesmo período de 2021.
O dado, que é baseado no Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores), faz montadoras e revendedores manterem a esperança de, ao menos, repetirem o resultado de 2021, que terminou com 2,1 milhões de unidades emplacadas.
Há, contudo, preocupação com a rentabilidade. Os resultados alcançados nos últimos três meses só foram possíveis devido ao apetite das locadoras, que aproveitaram o melhor ritmo de produção para recompor suas frotas. O setor de varejo, mais lucrativo, segue retraído.
Segundo a consultoria global Jato Dynamics, as vendas diretas (modalidade que inclui os frotistas) representaram uma fatia de 52,6% dos 179,3 mil carros de passeio e veículos comerciais leves vendidos em setembro.
Ao incluir os ônibus e os caminhões, o último mês terminou com 194 mil unidades emplacadas, o que representa crescimento de 12,3% em relação ao mesmo período de 2021. Na comparação com agosto, contudo, há queda de 7% nos licenciamentos.
O carro mais vendido do mês foi a picape compacta Fiat Strada, que teve 9.908 unidades comercializadas. Em segundo lugar está o hatch Hyundai HB20 (8.836).
Mas o destaque do mês foi a linha Chevrolet Onix, que recupera espaço após contornar problemas com falta de componentes em sua linha de produção. A soma das versões hatch e sedã do modelo atingiu 15.859 unidades em setembro.
Em nota, a General Motors afirma que ainda há imprevisibilidade na cadeia global de suprimentos, com impactos pontuais na indústria automotiva mundial.
"Estamos trabalhando ativamente com nossos fornecedores para mitigar potenciais paralisações na produção e para buscar alternativas no intuito de otimizar o prazo de entrega dos produtos aos nossos clientes", diz o comunicado enviado pela montadora.
Nesta terça (4), a Fenabrave vai analisar o cenário atual e falar das projeções para o último trimestre. Entre as preocupações estão os impactos do período eleitoral e da Copa do Mundo no ânimo dos consumidores, que têm encontrado crédito caro no mercado.
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