A segunda geração do SUV compacto Peugeot 2008 enfim chega ao Brasil, e a estreia ocorre na versão elétrica. Com isso a marca se torna a principal nesse segmento dentro do grupo Stellantis, com três modelos que não queimam combustível.
Todos têm o prefixo "e" no nome: além do e-2008, que custa R$ 260 mil, há o hatch e-208 (R$ 220 mil) e o furgão e-Expert (R$ 330 mil).
O SUV lançado agora é o principal produto dessa estratégia. Além de trazer a carroceria da moda, estreia em uma faixa de preço que pode atrair consumidores de modelos de maior porte, porém equipados com motores a combustão.
Sua estreia coincide com os 30 anos de atuação da marca no país, que desde sempre cuidou das operações. Prova disso foi a presença do herdeiro Thierry Peugeot no Brasil logo no início das operações, no segundo semestre de 1992. Ele atuou como superintendente da marca, que tinha o grupo Monteiro Aranha como sócio naquele momento.
Na época, a fabricante francesa já havia demonstrado interesse em oferecer carros elétricos. Essa intenção foi revelada no Salão do Automóvel de São Paulo de 1992, quando o conversível 205 CTI foi exibido ao público. No lugar do motor a gasolina, havia um complexo sistema de baterias. A autonomia era de aproximadamente 200 quilômetros.
O e-2008 é muito diferente dos carros que chegaram há 30 anos, mas preserva o acabamento bem cuidado que caracteriza a montadora. Há soluções inovadoras, como o painel de instrumentos com efeito 3D que estreou no hatch 208.
O porta-malas tem 434 litros de capacidade, mas o carregador rouba um pouco de espaço. O equipamento traz tomada de três pinos: a recarga completa com uso desse equipamento em uma tomada doméstica pode levar mais de 24 horas.
O ideal é utilizar estações rápidas, com plugues dedicados a carros elétricos. Se a capacidade for de 100 kW, é possível ir do zero aos 80% de carga em 30 minutos.
A autonomia divulgada pela Peugeot é de 435 quilômetros, e, segundo a marca, a motorização gera potência equivalente a 136 cv. Todo o torque está disponível desde o instante em que se pisa no acelerador, o que aumenta a sensação de agilidade no uso urbano.
A lista de itens de série inclui central multimídia com navegação por GPS e conexão com smartphones, ar-condicionado digital, direção elétrica e teto solar panorâmico.
Além da venda convencional, a Peugeot oferece a possibilidade de aluguel de longo prazo por meio do programa Flua. O valor, no entanto, não é nada atraente: a mensalidade custa por volta de R$ 5.000.
A montadora aposta em um crescimento exponencial do segmento de veículos elétricos, movimento que deve resultar na chegada de modelos mais em conta. Contudo não vai deixar de lado as opções com motor a combustão.
O 2008 convencional deve estrear no Brasil entre 2023 e 2024. O mais provável é que seja produzido na Argentina e tenha motor 1.0 turbo flex, o mesmo já usado em modelos da Fiat no Brasil.
Já o 2008 flex vendido atualmente deve permanecer por mais um ou dois anos no mercado. Essa opção, que custa a partir de R$ 100 mil, acaba de passar por uma leve mudança visual, mas já está em linha desde 2015.
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