O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, é candidato ao Governo de São Paulo e vem guardando um obsequioso silêncio diante da escandalosa autoimolação da companhia aérea Itapemirim.
O dono da empresa sacou um ervanário do caixa, os funcionários receberam instruções para sair de fininho dos aeroportos e deixaram 25 mil passageiros com os bilhetes nas mãos às vésperas das festas de fim de ano.
O ministro participou de um teatrinho em louvor da empresa, mas, depois do desastre, informou: "Ela [a Itapemirim] tinha todas as condições de operar e vinha até com uma proposta interessante de operação rodoviária com operação aérea. E, em tese, era um diferencial em relação a outras companhias."
Quem autorizou as operações foi a Agência Nacional de Aviação Civil, mas o candidato será cobrado a explicar por que na prática os passageiros ficaram com o mico.
Estranho governo. As agências são autônomas. Briga com o almirante da Vigilância Sanitária que sugere a vacinação das crianças e deixa de lado as vítimas da Itapemirim.
Evangélicos
Deu-se o inevitável. Noves fora a simpatia do governo pela legalização da jogatina, o bolsonarismo assiste ao fracionamento do apoio dos evangélicos à sua suposta plataforma.
Essa divisão em si prenuncia o afastamento de políticos aninhados naquilo que se chama de centrão. Terminada a colheita, coisa que deverá acontecer entre o Carnaval e a Semana Santa, essas migrações começarão a festar a campanha eleitoral.
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