O presidente do Inep, Manuel Palácios, anunciou o fim versão digital do exame do Enem. Acabou-se e não tem data para voltar.
Os argumentos de Palácios são irrefutáveis. A adesão à versão digital da prova era baixa. Em 2022 foram oferecidas 100 mil vagas, só 66 mil jovens se inscreveram para o exame nessa modalidade e metade dos inscritos não apareceu. O custo da versão digital foi de R$ 25,3 milhões e com a baixa adesão o custo de cada prova ficou em R$ 860, contra R$ 160 para as provas em papel.
Há décadas todos os ministros da Educação prometiam a implantação de um sistema digital. O ministro Abraham Weintraub, de infeliz memória, conseguiu tirar a promessa do mundo da fantasia e ela agora foi para o vinagre.
A navegação a vapor era perigosa e custava caro. Os postes elétricos matariam as vacas nos pastos. A corrente alternada de Nicola Tesla incendiaria as cidades. Para proteger a indústria de computadores inexistente, o Brasil proibiu a importação desses equipamentos. Isso para não se falar na mão de obra assalariada, que não poderia substituir a dos negros escravizados.
Pelo mundo afora, disseminam-se os exames feitos em plataformas digitais. Em Pindorama, com bons argumentos, o atraso venceu, mas não deixou de ser um triunfo do atraso.
Faz pouco tempo a terra das palmeiras, onde canta o sabiá, tinha um presidente que condenava a vacina contra a Covid.
Pedágio milionário
A velha e má prática da cobrança de pedágio para a liberação de pagamentos do governo federal está meio recolhida, mas não morreu.
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