Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Juca Kfouri

O clássico mais nivelado do mundo

O Corinthians ganhou o mesmo número de jogos que perdeu para o Palmeiras

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Itaquera poderá ver o desempate do dérbi paulistano: será o 361º clássico entre Corinthians e Palmeiras e cada clube ganhou 127 vezes.

O nivelamento é tal que, no Campeonato Brasileiro, chega a ser espantoso: em 51 jogos, 17 vitórias para cada lado e 17 empates.

O gozado é que se houver novo empate, e o resultado passar a ser o preponderante no torneio, ninguém reclamará.

Porque não perder neste domingo (4) é mais importante até do que vencer, embora não devesse.

Primeiramente porque ganhar deve ser o objetivo principal de qualquer time, a menos que o empate signifique o título.

Segundamente porque, para o Corinthians, os três pontos, mais os eventuais três no jogo a menos que tem, contra o Goiás, também em casa, o colocarão no G-4.

E finalmente porque, para o Palmeiras, o triunfo o manterá, no mínimo, colado ao Santos, que recebe o Goiás de manhã.

Mas um “Corintia e Palmera” é um “Corintia e Palmera”, ô meu!

O Corinthians passou bem pelo fraco Montevideo Wanderers, na Sul-Americana, e seguirá invicto no pós-Copa América caso empate. Quer poder pensar tranquilo no Fluminense pelas quartas de final.

O Palmeiras voltou a vencer contra o frágil Godoy Cruz, na Libertadores, e permanecerá em paz se não perder, para manter o Grêmio na mira como prioridade.

Nem mesmo em Itaquera há desequilíbrio no dérbi, com 5 vitórias alvinegras e 3 alviverdes em 9 jogos. Na casa verde, o Corinthians vence por 4 a 2, em sete partidas.

Daí o jogo deste domingo, ainda pela 13ª rodada, ter mais a cara de contenção de dano do que de decisão, razão pela qual a igualdade será daquelas a permitir dizer que entre mortos e feridos salvaram-se todos.

Em tempo: a coluna aposta que haverá um vencedor. 

Não o apontará para que não digam que esteja secando.

Nestes tempos de intolerância nem palpite em futebol tem sido bem entendido.

BALANÇO CONTINENTAL

Quatro times entre os oito finalistas da Libertadores, a dupla Gre-Nal e os milionários Flamengo e Palmeiras. A dupla gaúcha com os pés nas costas e a do eixo Rio-São Paulo sem passar firmeza, além de com auxílio da arbitragem. Inegavelmente um bom resultado para o futebol brasileiro.

Entre os demais quatro, os dois gigantes portenhos, Boca Juniors e River Plate, que devem fazer uma das semifinais ao passarem pela equatoriana LDU e pelo paraguaio Cerro Porteño.

Um brasileiro já está garantido na finalíssima, infelizmente em jogo único, em Santiago do Chile. Provavelmente contra um argentino.

E é aí que mora o perigo.

Também pela Sul-Americana os brasileiros são maioria, com as classificações de Corinthians, Fluminense e Galo, que pegará o colombiano La Equidad.

Os argentinos Independiente e Colón, o venezuelano Zulia e o equatoriano Del Valle são os demais.

OBSCURANTISMO

No clube da Democracia Corinthiana, um grupo, que deveria se chamar Fiéis Obscuros, conseguiu intimidar Andrés Sanchez a ponto de fazê-lo retirar do Memorial de Conquistas alvinegras a camisa de Gustavinho, o capitão do time de basquete, com a frase “Quem matou Marielle?”.

Como se fosse uma pergunta partidária ou ideológica.

Sanchez, que por anos frequentou o baixo clero petista, conseguiu envergonhar a memória do Doutor Sócrates.

A diferença está em que o craque foi, é, e será sempre homenageado. O cartola irá para lata do lixo da história.

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