Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Descrição de chapéu Copa Libertadores 2021

Galo e Flu têm a missão de garantir só brasileiros nas semis da Libertadores

Palmeiras e São Paulo decidirão nesta terça-feira (17) quem vai seguir no campeonato

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Palmeiras e São Paulo decidirão nesta terça-feira (17) quem estará nas semifinais da Libertadores, com ligeiro favoritismo para o alviverde, que jogará em casa, é melhor e nem precisa vencer o rival —aliás, coisa que não tem conseguido nos últimos oito jogos, com três vitórias tricolores—, pois lhe basta o sexto empate, desde que sem gols.

Em 330 clássicos, o São Paulo ganhou 112, perdeu 109 e empatou outros tantos. Como visitante, porém, perdeu 67 vezes, venceu 47 e empatou 47.

Já no torneio continental, está invicto diante do rival, com seis vitórias em nove jogos.

O português Abel Ferreira ainda não teve o gosto de vencer o argentino Hernán Crespo em cinco encontros e, pragmático como é, nem deve estar fazendo questão, se bastará com o 0 a 0, no que seria o terceiro empate.

Veremos outra vez, como no Morumbi no jogo da ida, duelo mais físico que técnico?

Faz sentido jogadores decisivos como Reinaldo e Benítez de um lado, e Patrick de Paula, Gustavo Scarpa, Willian e Wesley do outro, no banco?

Quando as táticas e o medo de perder falam mais alto que o talento é porque alguma coisa está errada no futebol.

Enfim, no dia seguinte ao Choque-Rei, saberemos se haverá uma semifinal brasileira contra o Galo que terá, no Mineirão e com torcida, a dura missão, bem encaminhada na Argentina, de eliminar o River Plate.

Dois homens em gramado, um de roupa branca e outro de preta
Paulo Diaz, do River Plate, e Huck, do Atlético-MG, em partida pelas quartas de final da Libertadores, em Buenos Aires - Gustavo Garello/Reuters

Ambos sem Nacho Fernández, porque o autor do gol no Monumental de Núñez foi vendido pelos gallinas para o Galo e porque ele foi expulso em Buenos Aires, uma lástima.

Na outra semifinal, o Flamengo, com os pés nas costas, já está, depois de golear o Olimpia por 4 a 1 em Assunção, mesmo ao abusar do direito de perder gols.

A dúvida sobre se será contra mais um brasileiro depende do Fluminense, com desafio maior que o do Galo, devido ao 2 a 2 no Maracanã com o equatoriano Barcelona, que lhe é superior.

Alguém disse que os irmãos Rodrigues, o rubro-negro Mario Filho e o tricolor Nelson, se erguerão, gigantes que foram, do túmulo para ver o primeiro Fla-Flu da América do Sul.

É mesmo bem possível, embora improvável, porque, além de tudo que significaria por si só, ainda asseguraria nova final nacional na Libertadores, desta vez no estádio Centenário de Montevidéu, sempre na hipótese dos mineiros eliminarem os portenhos.

Fica aqui a esperança de que Palmeiras e São Paulo façam na casa verde um jogo melhor como fizeram o Galo, o Flamengo e, menos, o Fluminense, nos jogos de ida das quartas de final.

Homem com roupa listrada de verde e vinho chuta bola, enquanto homem de laranja o observa
Fred, do Fluminense, chuta para marcar o segundo gol do clube contra o Barcelona, do Equador, pela Libertadores - Sergio Moraes/Reuters

Viva a diferença!

Enquanto uma jornalista com J maiúsculo, Eugenia Moreyra, filha do grande jornalista e botafoguense Sandro Moreyra, excepcional colunista do Jornal do Brasil e da revista Placar, brilhou com artigo iluminador nesta Folha na quinta-feira (12), ao chamar atenção para a necessidade de chamar o genocida de presidente da República e não de Bolsonaro, o Intercept revela que celebridades, "jornalistas" entre eles, receberam uns caraminguás do governo federal para fazer propaganda de tratamento precoce contra a Covid.

Jornalista fazer propaganda já é o fim da picada.

De governos então, qualquer governo, nem se fala.

E de tratamento precoce, sabidamente ineficaz, é ainda pior, porque apenas os coloca como cúmplices da mortandade que já matou quase 570 mil brasileiros.

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