Das boas sacadas do ano que recém começa é a frase "como meu time vai sofrer gols mesmo, vamos jogar sem goleiro".
O autor é desconhecido, e os adeptos estão no governo federal e entre aqueles que ainda o apoiam, os que negam a vacina porque sem 100% de eficácia, embora evitem a gravidade dos casos entre os vacinados.
Do genocida aos seus porta-vozes, todos merecem o prêmio Novak Djokovic, o gênio de cérebro menor do que a bolinha de tênis.
E 2022 começou com o comovente documentário da Globoplay sobre a vida da extraordinária Nara Leão e com a tristeza da morte do irrequieto jornalista escocês Andrew Jennings, o jardineiro que dedicou a vida às flores de seu sítio e ao pântano da corrupção dos poderosos, com petardos mortais sobre o COI e a Fifa.
O ano promete.
No domingo, 2 de outubro, o começo do fim deste pesadelo em que o país mergulhou em 2018, quando as urnas eletrônicas haverão de enterrar o genocida e seus satélites.
Na segunda-feira, 21 de novembro, o pontapé inicial da Copa do Mundo no Qatar, também para encerrar o ciclo iniciado em 2010, na África do Sul, numa série de escolhas viciadas de sedes cujas características principais eram ter democracias incipientes, pouco controle social, muita corrupção e, no caso do país árabe, absoluto desrespeito aos direitos humanos e trabalhistas.
Escolher um democrata em 2 de outubro será incomparavelmente mais importante do que vencer a Copa no domingo, 18 de dezembro.
Nada impede que tenhamos as duas festas.
As pesquisas revelam ser quase certa a festa mais importante, mas todo cuidado é pouco, nada de salto alto, porque o atual dono da bola não disfarça que quer roubá-la e certamente terá aliados na empreitada, como teve quatro anos atrás e não podemos esquecer.
Já a festa do hexacampeonato é mais incerta, porque há concorrentes em demasia entre os europeus —e Lionel Messi em sua derradeira tentativa.
Não ir como favorita será bom para a seleção brasileira, que apenas uma vez, em 1962, no Chile, confirmou favoritismo.
Que Vinicius Junior seja o que Neymar até hoje não foi capaz.
Quadrangular dos sonhos
Reunir num torneio-relâmpago os quatro melhores times do mundo no momento seria tudo o que o torcedor globalizado mereceria: Bayern de Munique, Liverpool, Manchester City e Real Madrid estão jogando o fino da bola, embora sujeitos às intempéries da pandemia e aos desfalques causados pela Copa da África —por sinal comprada pela Band para ser ocultada.
Basta!
De bater palma para maluco causar.
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