Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Juca Kfouri
Descrição de chapéu Campeonato Brasileiro

E tem palmeirense com medo

Com dez pontos de vantagem, o Palmeiras já pode comemorar o que a cautela impede

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O ser humano é supersticioso e não comemora nada antes porque acha que dá azar.

O que tem de palmeirense ainda temeroso de ver o título do Campeonato Brasileiro escapar é uma grandeza.

Até o Coritiba, visitante da noite de quinta (6) na casa verde, é tratado como se fosse o Manchester City de Pep Guardiola e Haaland.

O próximo desafio do Palmeiras no Campeonato Brasileiro, em sua casa, é contra o Coritiba, não contra o Manchester City - Sergio Moraes - 3.out.22/Reuters

Crenças e temores devem ser respeitados, mas, muito cá entre nós, o único torcedor alviverde que tem motivo para estar mais que preocupado, apavorado mesmo, é o infame sociopata que mora no Palácio da Alvorada. Ele está prestes a ser de lá desalojado, talvez com mudança para o complexo penitenciário da Papuda, também no Distrito Federal, tantos são os seus crimes e os de seus apoiadores, como o estuprador Robinho ou políticos da pior espécie e comunicadores que não valem o que comem.

Ora, vejam a rara leitora e o raro leitor como vivemos num país surpreendente.

O ex e futuro presidente Lula livrou mais de 6 milhões de votos sobre seu oponente no primeiro turno da eleição presidencial, algo que nunca antes havia acontecido neste país: a derrota do ocupante da cadeira no Palácio do Planalto.

Assim mesmo há quem esteja preocupado com uma inédita virada no segundo turno e argumenta, com lógica, mas equivocadamente, que do mesmo modo que a vitória dos democratas contra o incumbente fascistoide foi novidade, outra raridade pode acontecer no dia 30 de outubro. Não pode.

Por mais que novas mentiras sejam espalhadas pelas redes antissociais, como o voto do Marcola ou o fechamento de igrejas, não só a diferença é enorme como os apoios de quem ficou em terceiro e quarto lugares têm o poder que o do atual desmoralizado governador de São Paulo não tem.

Aliás, que tipinho. Até quem ele quis apoiar negou-se inicialmente a recebê-lo, preferiu ficar longe de mais um coveiro do PSDB, na esteira de Aécio Neves e João Doria.

Verdade que o jogo de futebol é bem mais limpo e leal que o da política.

São 11 contra 11, em regra, profissionais que vão a campo para buscar a vitória eticamente, apesar de a arbitragem, ruim, mas não mal-intencionada, atrapalhar.

Já a disputa política sempre tem quem desconheça quaisquer princípios, principalmente quando correligionários da necropolítica, nem aí para 700 mil mortes ou para assediadores de todas as espécies, dinheiristas de costas para a fome dos excluídos.

De volta à campanha palmeirense, veja: o time terminou o primeiro turno com quatro pontos de vantagem sobre o segundo colocado e está agora dez pontos à frente.

Mesmo com um tropeção aqui ou ali, a vantagem é tamanha que a única dúvida está em saber quando será campeão.

Reside aí a maior diferença entre as campanhas do Palmeiras e de Lula, porque a do nordestino tem data fixa para a vitória, ainda neste mês da primavera brasileira.

Bastidores do penta

O novo documentário futebolístico da Netflix trata do pentacampeonato mundial da seleção brasileira, com cenas filmadas também pelo ex-lateral direito Juliano Belletti, um dos campeões na epopeia asiática.

Recheada por ótimas entrevistas de Ronaldos, Cafu, Belletti e Roberto Carlos, assim como dos principais jogadores que enfrentaram a seleção nos gramados do Japão e da Coreia do Sul, o filme percorre os quatro anos que começaram com a derrota para a França em 1998 e vale a pena.

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