Maria Inês Dolci

Advogada especializada na área da defesa do consumidor.

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Maria Inês Dolci
Descrição de chapéu Folhajus

Só vacinação em massa pode salvar o país

Medicina e ciência não são partidos políticos, são os principais instrumentos de que dispomos para viver mais

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O que indústria, comércio e serviços têm em comum com a medicina? Vacinas contra a Covid-19, pois, além de aumentar nossa proteção contra a doença, são essenciais para que o ritmo dos negócios volte a crescer de forma sustentável. Ou seja, ser adversário da vacinação é, consciente ou inconscientemente, lutar contra a saúde e a economia. A vacinação em massa deveria mobilizar todo o Brasil.

É fácil entender porque as vacinas –não importa sua origem– são fundamentais para que a economia cresça e fortaleça, além dos negócios, os empregos, a renda familiar e o consumo. Enquanto estivermos no vaivém de restrições de funcionamento das lojas e dos serviços –restaurantes, bares, hotéis, parques etc.– qual empresário terá segurança para investir mais? E sem investimento, não haverá desenvolvimento econômico e social.

Não há como optar entre a saúde e a economia. Quem compra produtos e serviços são seres humanos, que só podem consumir se tiverem renda. Para isso, devem ter empregos ou negócios. Como fazer isso quando a doença ronda nossas casas e as de nossos vizinhos, familiares, colegas e amigos?

O melhor investimento econômico, atualmente, é vacinar toda a população brasileira, custe o que custar. O maior ganho de produtividade é ter saúde, individual e coletivamente. Nosso grande desafio é evitar o contágio pelo coronavírus.

Por que ainda é necessário dizer isso, quando quase 200 mil pessoas morreram no Brasil, em função desta maldita pandemia? Porque algumas autoridades, inclusive o presidente da República, insistem em fazer pouco da doença. Milhares, talvez milhões de brasileiros, são contra as máscaras, o distanciamento social e a vacinação contra a Covid-19.

Mas esse pesadelo tem de acabar. Posições ideológicas podem ser diametralmente opostas. A democracia é feita de diversidade de pessoas e de ideias. Uns são favoráveis ao Estado com maior tamanho e poder; outros advogam o liberalismo.

Vacinas e práticas que evitam a proliferação da Covid-19, entretanto, não pertencem a espectro ideológico algum. Medicina e ciência não são partidos políticos. São os principais instrumentos de que dispomos para viver mais, com boa qualidade de vida.

Nesta segunda-feira (14), números oficiais, certamente defasados, indicavam cerca de 182 mil mortes pela Covid-19. Há no Brasil somente 165 municípios com mais habitantes do que todas estas pessoas que, tragicamente, faleceram.

Estas mortes configuram uma perda irreparável. Deveríamos fazer o possível e o impossível para evitar o sofrimento de outras famílias e amigos, que ainda correm o risco de passar por tamanho sofrimento. E para que não haja mais vidas interrompidas. Então, não há discussão mais absurda, cruel e desprezível do que opor medicina e economia.

Empresas, municípios, estados e países existem porque há seres humanos. Sem elas e eles, nada faz sentido. É tão difícil entender algo tão óbvio assim?

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