Em 2022, craques ganharam títulos, outros se aposentaram, novos surgiram, e uma guerra alterou o rumo de eventos esportivos. Listo abaixo destaques do ano –certamente esqueço alguns– segundo a opinião e a memória desta colunista.
Melhor retorno: 259 dias depois de sofrer uma parada cardíaca em campo na Eurocopa, Christian Eriksen voltou a jogar futebol na Premier League. O dinamarquês queria retornar aos gramados para representar seu país na Copa do Mundo, e conseguiu.
Sentiremos saudades: Roger Federer e Serena Williams, dois dos maiores de todos os tempos no tênis, anunciaram suas aposentadorias. O adeus de Serena foi no US Open, onde ganhou o primeiro de 23 títulos de Grand Slam. O do suíço foi uma partida de duplas ao lado do grande rival Rafael Nadal, na Laver Cup.
Cena mais fofa: Federer e Nadal juntos de mãos dadas e chorando depois do jogo de despedida. Impossível não se emocionar.
Prodígios: o futuro do tênis parece estar em boas mãos. Aos 19 anos, o espanhol Carlos Alcaraz é o tenista mais jovem a se tornar número um do mundo no masculino. No feminino, o posto continua bem ocupado pela polonesa Iga Swiatek, de 21.
Brasileiros que nos enchem de orgulho, categoria mais disputada: a tenista Bia Haddad Maia conquistou dois torneios de WTA em simples, foi finalista do Aberto da Austrália nas duplas e termina o ano no top 15 em ambas as listas; a judoca Mayra Aguiar se tornou tricampeã mundial; Rebeca Andrade foi campeã mundial no individual geral e bronze no solo na ginástica artística; Alison dos Santos, campeão mundial nos 400 m com barreiras; na maratona aquática, Ana Marcela Cunha foi hexacampeã do circuito mundial e ganhou dois ouros e um bronze no campeonato mundial.
Feito sobre-humano: Eliud Kipchoge. O queniano quebrou o próprio recorde mundial em 2h01min09 ao vencer pela quarta vez a Maratona de Berlim.
Espírito esportivo: atletas da Ucrânia. A equipe paralímpica de inverno conseguiu deixar o país para competir nos Jogos de Pequim em meio à guerra e terminou em segundo no quadro de medalhas (29), só atrás dos anfitriões.
Vergonha do ano: Rússia e Qatar. Durante as Olimpíadas de Inverno, houve a revelação do teste positivo de doping da patinadora Kamila Valieva, de apenas 15 anos. Com a invasão à Ucrânia, russos perderam o direito de disputar e sediar eventos esportivos. O Qatar sediou uma Copa cheia de polêmicas, discussões sobre desrespeito a direitos humanos e à comunidade LGBTQIA+ e denúncias de mortes de trabalhadores que construíram estádios.
Mala: o presidente francês Emmanuel Macron, que colou em Mbappé depois da derrota para a Argentina na final do Mundial. Foi consolar o craque em campo, no pódio –sendo praticamente ignorado em ambas as tentativas–, e ainda fez discurso no vestiário.
Maior sem noção: o chef da carne banhada a ouro, que se meteu nas fotos com os jogadores argentinos e quebrou o protocolo ao segurar e beijar a taça.
Estraga-prazer: o emir do Qatar Tamim bin Hamad al-Thani conseguiu arruinar o maior momento da carreira de um jogador de futebol ao colocar uma túnica preta cobrindo o uniforme de Messi.
E o grande feito esportivo vai, claro, para a Argentina e seu camisa dez.
O ano de 2023 também será de muito esporte, com torneios classificatórios para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris-2024 e Copa do Mundo feminina de futebol. E, para a leitora e o leitor, quais são os destaques da sua lista?
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