Entidades de reprodução humana criticam a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) com novas regras para a fertilização assistida. O texto limita a oito o total de embriões gerados em laboratório e exige autorização judicial para o descarte dos que não serão usados. O Comitê de Embriologia da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana aponta que isso diminui a chance de sucesso do tratamento e aumenta o seu custo.
CARTA
O presidente da Comissão de Bioética da OAB Nacional, Henderson Fürst, questiona a constitucionalidade da resolução. “A Constituição estabelece o planejamento familiar como direito das famílias. Quando você cria algo que restringe isso, está tirando o acesso delas a esse direito”, diz ele.
OUVIDOS
O CFM afirma que a limitação do número de embriões foi pensada para evitar a fertilização de embriões em excesso e que o pedido de autorização judicial impede o descarte dos embriões pelas clínicas à revelia dos responsáveis. A entidade diz que segue aberta para aprimorar a norma.
QUARENTENA
com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO
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