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PDT pede que STF suspenda a promulgação da PEC dos Precatórios

Partido questiona a lisura da tramitação da proposta e a finalidade da ampliação do orçamento, que ocorrerá em ano eleitoral

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O PDT impetrou no STF (Supremo Tribunal Federal) uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios, promulgada pelo Congresso Nacional na quarta-feira (8).

Plenário da Câmara dos Deputados - Pedro Ladeira - 24.nov.2021/Folhapress

A proposta, que possibilita ao governo federal pagar ainda em dezembro o Auxílio Emergencial de ao menos R$ 400, abre um espaço de R$ 106,1 bilhões no Orçamento de 2022, dos quais R$ 51,1 bilhões serão destinados à ampliação do programa social.

O PDT, no entanto, questiona a lisura da tramitação da PEC e a finalidade da ampliação do orçamento. E pede que o Supremo suspenda os efeitos da emenda liminarmente até que o julgamento definitivo da ação ocorra.

"O principal argumento do governo federal é o de que a mudança é necessária para viabilizar o programa social 'Auxílio Brasil', mas a referida mudança, combinada com a alteração no índice de correção do teto de gastos, permitirá o aumento de outras despesas no ano eleitoral", diz a legenda na ação.

O partido ainda afirma que a sessão que aprovou a pauta na Câmara burlou o regimento da Casa ao permitir que deputados licenciados votassem.

Aliado do governo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), flexibilizou algumas regras e editou um ato para permitir que deputados que estão em viagem autorizada pela Câmara pudessem votar remotamente. Isso beneficiou o plano patrocinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Não há ambiência que justifique um novo período excepcional aberto apenas para os parlamentares que estejam em viagem no exterior, no que a medida capitaneada pelo Presidente da Câmara dos Deputados denotou nítido viés antidemocrático, arrefecedor dos princípios da legalidade, da isonomia, da impessoalidade e do devido processo legislativo", afirma o PDT na Ação Direta de Inconstitucionalidade

O partido também questiona a submissão de uma emenda aglutinativa diretamente ao Plenário, sem passar pela Comissão Especial.

A PEC tem dois pilares. Uma medida permite um drible no teto de gastos, fazendo um novo cálculo retroativo desse limite. A outra medida cria um valor máximo para o pagamento dos precatórios –as dívidas que não entrarem nessa lista serão adiadas e quitadas em anos posteriores.

No Senado, o governo recuou e atendeu os últimos quatro pontos que foram demandados. Aceitou que o limite para o pagamento de precatórios tenha validade até 2026, e não até 2036 como previa a versão anterior.

com LÍGIA MESQUITA, VICTORIA AZEVEDO, BIANKA VIEIRA e MANOELLA SMITH

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