Um levantamento realizado pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib) revela que a UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, registrou um índice de mortalidade de 34,17% entre pacientes internados com Covid-19, contra a média de 51% em outros hospitais públicos paulistas e de 29,50% nos privados.
DESTAQUE 2
O levantamento, baseado em dados de abril de 2020 a outubro de 2021, ainda mostra que 36,66% dos pacientes tiveram tempo de internação superior a sete dias na UTI do Emílio, ante 56,10% em outros hospitais e 52,20% nos serviços privados do estado.
BALCÃO
Os dados compilados pela Amib dão conta apenas dos leitos de UTI do Emílio Ribas sob a administração da organização social de saúde Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) —o que seria correspondente a duas partes do total de vagas disponíveis.
LUPA
Os resultados são disputados pela Associação dos Médicos do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Segundo levantamento feito pelo grupo, os resultados da UTI administrada pelo hospital são ainda melhores: entre março de 2020 e outubro de 2021, a taxa de letalidade foi de apenas 24,3%.
DO LADO DE LÁ
"Há uma discrepância entre a qualidade dos atendimentos de UTI própria e da terceirizada. Isso se corrobora com estudo dos pesquisadores do próprio instituto, que provou que quase o dobro dos pacientes morreu na UTI terceirizada do hospital no começo da pandemia, discrepância que é percebida pelos profissionais até hoje, dois anos após o início da pandemia", afirma a associação em nota.
DO LADO DE CÁ
A SPDM, por sua vez, diz que a parceria entre administrações públicas e organizações sociais para a gestão de serviços do SUS não caracteriza terceirização. E que a comparação feita pela entidade representativa dos médicos do hospital é indevida. "Os leitos sob gestão da administração direta do estado não são destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19, e sim outras doenças infecciosas", afirma.
NO PALCO
O ator Juca de Oliveira estreou na quinta-feira (13) a nova temporada do espetáculo "A Flor do Meu Bem-Querer", de sua autoria, no Teatro Opus Frei Caneca, em São Paulo. As atrizes Rosi Campos
e Natallia Rodrigues também integram o elenco da peça.
JOELMIR TAVARES (interino), com LÍGIA MESQUITA, BIANKA VIEIRA e MANOELLA SMITH
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.