Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Descrição de chapéu Eleições 2022

PSOL debate temas da esquerda que podem ser usados em negociação com Lula

Partido, que caminha para apoiar petista, quer usar programa como condição para aliança

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O PSOL intensificou a discussão de uma agenda de propostas que poderá ser usada na negociação do apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), empurrando a campanha do petista em direção à esquerda.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em reunião com petistas e auxiliares ligados à sua pré-candidatura no último dia 14 - @Lulaoficial no Instagram

BASES

A coordenação dos trabalhos foi entregue a um ex-petista, o ex-deputado federal Claudio Puty, hoje secretário municipal da gestão do PSOL em Belém. Ele iniciou uma série de encontros para atualizar o programa da legenda e definir temas prioritários para a sigla nas eleições deste ano.

ÁGUA E ÓLEO

A tendência da fatia mais influente do partido é fechar com Lula, mas uma ala defende candidatura própria —e ambas são críticas à presença do ex-tucano Geraldo Alckmin na chapa, lida como uma concessão à centro-direita.

À MESA

A decisão final sobre o rumo do PSOL ainda será deliberada pelo comando. Mesmo os dirigentes simpáticos à aliança com o PT pregam a necessidade de impor condições e trabalhar para que o programa abrace causas progressistas, evitando posições excessivamente conciliadoras.

PONTOS

"A base de tudo é a revogação do conjunto de medidas aprovado pelos governos Temer e Bolsonaro", diz Puty, citando as revisões do teto de gastos e da reforma trabalhista, também no radar de Lula. Taxação de grandes fortunas e sistema tributário progressivo são outras demandas.

O processo, em fase inicial, envolverá consultas populares, uma plataforma digital e seminários regionais, culminando em um documento que será submetido à executiva nacional. O material também deverá servir de base para candidaturas do PSOL, como a de Guilherme Boulos a governador de São Paulo.

HORIZONTE

"A tarefa do PSOL nesta eleição é apontar um futuro para o país e o futuro da esquerda", afirma Puty. "Tem muita coisa que a gente precisa reconstruir após Bolsonaro, mas não pode se tratar de simplesmente uma volta ao passado. Temos é que planejar o amanhã, olhar para a frente."

Falando da vontade do partido de "funcionar como um elemento propulsionador da esquerda no Brasil", o ex-deputado diz que "provavelmente o PT vai ter certos compromissos que o PSOL não tem", daí o desejo "de ajudar o país a avançar tendo à sua frente um presidente progressista".

"Temos que discutir questões como o papel social do sistema financeiro. O sistema está atuando para promover o bem comum? Sem falar no debate sobre o papel público dos meios de comunicação privada e a função das Forças Armadas, que têm que defender o Brasil, e não interesses de nações estrangeiras."


NAS REDES

JOELMIR TAVARES (interino), com LÍGIA MESQUITA, BIANKA VIEIRA e MANOELLA SMITH ​ ​

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