Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Mônica Bergamo
Descrição de chapéu Folhajus

ONG cria campanha para pressionar Câmara a derrubar veto de Bolsonaro à Lei Paulo Gustavo

Projeto prevê destinar R$ 3,86 bilhões de dinheiro federal para estados e municípios ajudarem o setor cultural a se recuperar dos impactos da crise causada pela pandemia.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

A ONG Nossas lançou uma campanha na internet para pressionar deputados federais a derrubarem o veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Lei Paulo Gustavo.

Para participar, é necessário se cadastrar no site leipaulogustavosim.nossas.org. Um email é, então, enviado em nome da pessoa aos 22 deputados líderes de partidos na Câmara com uma mensagem pedindo voto a favor do projeto.

O projeto, que leva o nome do humorista morto no ano passado de Covid, destinaria R$ 3,86 bilhões de dinheiro federal para estados e municípios ajudarem o setor cultural a se recuperar dos impactos da crise causada pela pandemia.

Ao vetar, o governo argumentou que o texto criaria despesa sem apresentar uma compensação na forma de redução de gastos.

"Nós observamos que com o veto da lei Paulo Gustavo, inúmeras pessoas ficariam prejudicadas. E não só os artistas que estão nos palcos, mas sim toda uma camada de pessoas que atuam para fazer com que a arte aconteça, ou seja, os profissionais que trabalham nos bastidores das produções", diz Izamir Barbosa, mobilizador da campanha.

Até às 12h desta quarta (27), 4.600 pessoas tinham aderido à proposta. "O projeto voltou ao Congresso que, desde o veto, tinha 30 dias para retomar a discussão. Mais de 20 dias se passaram e nada foi feito para fazer a Lei Paulo Gustavo sair do papel ", diz o texto da campanha. "Resolvemos colocar a iniciativa no ar para acelerar esse processo", explica Barbosa.

A ideia da organização é mobilizar também a família de Paulo Gustavo e amigos artistas dele. A mãe do humorista, Déa Lúcia, e o viúvo dele, o médico Thales Bretas, já tinham criticado o veto do presidente à lei. "Que tristeza ver nosso país tão desarticulado politicamente. Sem saber defender os interesses da cultura e o bem-estar do povo", escreveu Bretas em suas redes sociais na ocasião do veto.

Stories do médico Thales Bretas, viúvo de Paulo Gustavo, no Instagram
Stories do médico Thales Bretas, viúvo de Paulo Gustavo, no Instagram, critica veto de Bolsonaro à lei que leva o nome do humorista - @thalesbretas no Instagram

A Lei Paulo Gustavo previa destravar parte dos recursos do Fundo Nacional da Cultura e do Fundo Setorial do Audiovisual, fundos públicos voltados para o fomento do setor cultural.

Uma parcela do dinheiro desses dois fundos públicos, do superávit financeiro, fica represado por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal, que obriga a União a cumprir metas que limitam o déficit. Ou seja, o dinheiro está lá, mas grande parte dele não é destinado a políticas culturais.

A ideia era que esse dinheiro liberado fosse executado por estados e municípios, assim como aconteceu com a Lei Aldir Blanc.


BRAÇOS ABERTOS

A escritora e colunista da Folha Djamila Ribeiro recebeu convidados na inauguração do Espaço Feminismos Plurais, na terça-feira (26), em São Paulo. O local funcionará como uma casa de formação para mulheres em situação de vulnerabilidade social, e leva o nome da coleção de livros de que Ribeiro é organizadora. O historiador Leandro Karnal e o presidente nacional da Central Única das Favelas (Cufa), Preto Zezé, compareceram ao evento. ​

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.