Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Mônica Bergamo
Descrição de chapéu LGBTQIA+ mercado de trabalho

Pesquisa mostra que 65% dos trabalhadores LGBTQIA+ dizem já ter sofrido discriminação no trabalho

Levantamento indica que 47% dos profissionais do segmento têm renda média inferior a quatro salários mínimos

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Uma pesquisa feita com 20 mil trabalhadores de todos os estados e do Distrito Federal revela que 65% dos profissionais LGBTQIA+ dizem já ter sofrido discriminação no trabalho, enquanto 28% foram vítimas de assédio —este último índice cai para 18% entre pessoas que não seguem as mesmas orientações sexuais.

Manifestantes durante a 26ª Parada do Orgulho LGBT+ de 2022, na avenida Paulista, neste domingo (19) - Karime Xavier/Folhapress

ALVO

Se consideradas apenas as pessoas que se declaram trans e bissexuais, a taxa daquelas que já se viram alvo de discriminação sobe para 86% e 72%, respectivamente.

LÉXICO

O estudo, feito pela consultoria Santo Caos, considerou como discriminação todo tipo de atividade preconceituosa, mesmo que velada, como ironias, piadas e insinuações jocosas. Já o ato de ofender explicitamente alguém por causa de uma característica foi classificado como assédio.

BOLSO

A sondagem ainda mostra que 47% dos trabalhadores LGBTQIA+ têm renda média inferior a quatro salários mínimos, enquanto esse mesmo índice é de 36% entre os que não integram o segmento.

RECORTES

Os assexuais são aqueles com menor renda entre os que compõem a sigla LGBTQIA+, com 81% ganhando menos de quatro salários mínimos. Pessoas gays, por sua vez, têm o rendimento mais elevado dentro do segmento, com 20% delas registrando rendimentos superiores a dez salários mínimos.

MAPA

O levantamento aponta para uma maior concentração de LGBTQIA+ no Sudeste (62%), seguida por Nordeste (20%) e pelo Sul (10%).

ARMÁRIO

Segundo a pesquisa, 48% das pessoas LGBTQIA+ revelaram sua orientação sexual ou identidade de gênero para alguém no trabalho. Entre as pessoas trans, esse número cai para 40%. Os cargos ocupados também podem ser decisivos para que um trabalhador saia do armário: aqueles que não ocupam uma posição de liderança falam mais sobre a sua orientação em comparação a quem está na chefia —46% e 29%, respectivamente.

POR TODOS

"É necessário que as empresas se preparem de forma mais abrangente e consistente para promover o bem-estar dos colaboradores, ampliando suas iniciativas de diversidade e inclusão", afirma o sócio-diretor da consultoria Santo Caos, Jean Soldatelli.

LIVRO ABERTO

Ele ainda destaca a importância do esforço diante de um cenário em que mais pessoas a passaram a trabalhar de suas residências e, com isso, a expor aspectos que anteriormente não faziam parte da rotina de trabalho.


TRIBUTO

A ativista Luisa Mell compareceu ao show "CeLeeBration", uma homenagem aos 55 anos de carreira de Rita Lee, realizado na quinta (15), no Teatro Liberdade, em São Paulo. A concepção do espetáculo é assinada pelo músico Beto Lee, filho da cantora. O diretor do concerto, Otávio Julio, esteve lá.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.