Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Mônica Bergamo

Tribunal de Contas diz que Prefeitura de SP não fiscalizou oferta de ônibus na pandemia

Investigação foi feita após o vereador Toninho Vespoli (PSOL) protocolar uma representação

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Uma auditoria do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM) concluiu que a Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT) e a SPTrans não fiscalizaram as empresas concessionárias do transporte público municipal no período da pandemia.

Motorista de ônibus, de máscara, recolhe passageiros no Terminal. Dom Pedro II, no centro de São Paulo
Motorista de ônibus, de máscara, recolhe passageiros no Terminal. Dom Pedro II, no centro de São Paulo - Adriano Vizoni/Folhapress

Segundo a análise do TCM, embora a SPTrans afirme que a partir do mês de junho de 2020 a frota operacional de todas as linhas foi sendo recomposta, a empresa não apresentou nenhum documento ao tribunal de contas que comprovasse que a oferta de veículos permaneceu em patamar capaz de suportar a quantidade de passageiros.

Ainda de acordo com o documento, apesar da redução de 37,4% na demanda de passageiros, a remuneração total dos operadores caiu apenas 10,7% na época de crise sanitária.

A Prefeitura arcou com a queda da demanda por meio de um aporte de R$ 3,3 bilhões do Tesouro municipal —o montante representa um aumento de 14,3% em relação a 2019. Mesmo com o aporte, o Tribunal de Contas diz que a secretaria de Transporte não garantiu frota suficiente para a demanda de passageiros.

A SPTrans passou a exigir a disponibilidade de frota por parte das concessionárias, porém não houve o estabelecimento de uma frequência mínima e de quantidade de viagens a serem realizadas.

O documento também cita uma portaria da pasta, de março de 2020, que ​​suspendeu a obrigação de elaboração de relatórios e controle das viagens, além da aplicação de penalidades do Regulamento de Sanções e Multas (Rasam).

A investigação foi feita após o vereador Toninho Vespoli (PSOL) protocolar uma representação no TCM. As conclusões da auditoria serão encaminhadas à secretaria e à SPTrans para apuração das responsabilidades, mas o tribunal não deu prazo para resposta.

Procuradas, a SMT diz que "vai prestar todos os esclarecimentos ao TCM e adianta que a frota de ônibus jamais deixou de ser acompanhada, mesmo com a pandemia e quarentena em curso. Todos os ônibus da cidade são equipados com GPS e todas as partidas realizadas são verificadas".

com BIANKA VIEIRA (interina), KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.