Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Descrição de chapéu Folhajus

Bolsonaro avisou que não discursará no 7 de setembro para evitar atrito com TSE

Apoiadores duvidam que, diante de multidão, ele não use o microfone, mas sem ataques ao Judiciário

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou a apoiadores que não pretende discursar no dia 7 de setembro, no ato do Rio de Janeiro que celebrará o Dia da Independência.

Como a coluna antecipou, o mandatário pretende esvaziar a manifestação de qualquer conotação de confronto com o Judiciário, como ocorreu no ano passado –em que, de um carro de som na avenida Paulista, em SP, ele chegou a dizer que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes era um canalha.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) discursa na avenida Paulista durante o 7 de setembro, em 2021
O presidente Jair Bolsonaro (PL) discursa na avenida Paulista em manifestação do dia 7 de setembro, em 2021 - Danilo Verpa -7.set.2021/Folhapress

A ordem, agora, é fazer um armistício com os magistrados da corte e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), hoje sob a presidência de Moraes.

Por isso, Bolsonaro avisou que não pretende falar –assim, evitaria qualquer deslize no calor da hora, e também que alguma de suas manifestações fosse interpretada como golpista.

Alguns de seus mais próximos apoiadores, no entanto, duvidam que, diante de uma multidão na orla do Rio, ele resista a usar o microfone. Mas apostam que o presidente evitará ataques diretos, caso um entendimento com o TSE prevaleça até o dia 7.

Na quarta (17), em mais um sinal de distensionamento, o prefeito do Rio de Janeiro anunciou que o Comando Militar do Leste suspendeu os desfiles que estavam previstos para o Dia da Independência.

Em vez disso, está organizando um ato do Exército em um trecho da avenida Atlântica, próximo ao Forte de Copacabana. É nesse evento que Bolsonaro deve comparecer.

O armistício interessa ao presidente: ele já foi avisado por estrategistas de sua campanha que uma parte do eleitorado quer eleger um presidente que resolva seus problemas, e não que fique brigando o tempo todo.

Nesse contexto, Bolsonaro estabeleceu um diálogo amistoso com Alexandre de Moraes nas últimas semanas.

O magistrado levou a ele pessoalmente um convite para ir à sua posse como presidente do TSE, na terça (16).

Apesar do discurso veemente que Moraes fez em defesa das urnas eletrônicas e contra discurso de ódio e fake news, interlocutores do presidente dizem que ele sabia do tom que o magistrado adotaria, e não se surpreendeu. Teria sido, inclusive, avisado com antecedência do conteúdo da fala.

Segundo o ministro das Comunicações, Fábio Faria, o presidente do TSE antecipou o que iria dizer na posse, dizendo que não se tratava de um ataque direto ao presidente, mas sim da reafirmação dos princípios democráticos do tribunal.


LETRAS

A escritora Clara Ant recebeu convidados como a vereadora de São Paulo Juliana Cardoso (PT) no lançamento do seu livro "Quatro Décadas com Lula: O Poder de Andar Junto" (Autêntica Editora), na noite de quarta-feira (17), na livraria Livraria Martins Fontes, em São Paulo.

Ant é ex-assessora do ex-presidente Lula (PT) e, na obra, narra episódios vividos por ela desde a fundação do partido e da CUT até a prisão do petista.

Passaram por lá o publicitário Chico Malfitani, um dos fundadores da Gaviões da Fiel, e a cineasta Tata Amaral.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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