A Justiça de São Paulo manteve a decisão de negar a proposta de composição civil para que o médico Renato Kalil pagasse R$ 12.120 à influenciadora Shantal Verdelho por ter dirigido palavrões a ela durante o parto em que deu à luz sua filha, Domênica, no ano passado.
Em audiência realizada no dia 1º deste mês, o Ministério Público de São Paulo propôs o pagamento da indenização para que o processo fosse encerrado. Por meio do advogado Sergei Cobra, a influenciadora disse que não tinha interesse no acordo.
O juiz Fabricio Reali Zia, do Foro Central Criminal da Barra Funda, rejeitou a proposta argumentando que Kalil "ostenta grande poder aquisitivo e visibilidade", e que o valor sugerido pelo MP não representaria "paridade ou equilíbrio" entre os valores financeiros e morais em disputa.
A defesa do médico questionou a decisão judicial, afirmando que o acordo de composição teria sido homologado pelo juiz, que posteriormente teria revelado outra decisão. As advogadas pediram a impugnação da ata de audiência.
Em decisão publicada na quarta (14), o magistrado manteve a negativa ao acordo. Ele explica que, de fato, na audiência chegou a verbalizar que o acordo estaria homologado. No mesmo dia, porém, antes de concluir a finalização da ata, ele reexaminou o processo com cuidado e mudou a decisão, deliberando não ser possível aceitar a proposta pelos motivos explicados por ele após a audiência e por escrito.
Fabricio Reali Zia argumenta que, enquanto a sentença não é publicada, há espaço para que o juiz reflita e modifique sua decisão.
Ele também voltou a pedir ao MP que se manifeste sobre o assunto fazendo uma nova proposta de acordo ou mantendo a anterior.
Além desta ação por injúria e difamação, há um outro processo contra Kalil, em que Shantal e outras mulheres o acusam de violência psicológica, assédio sexual e lesão corporal.
PIPOCA
O cineasta Lucas Mesquita recebeu convidados na pré-estreia do curta documental "Contra o Golpe" na manhã desta quinta (15), na Faculdade de Direito da USP, no centro de São Paulo. O filme, que é dirigido por ele e seu irmão Gabriel Mesquita, registrou os atos pela democracia que ocorreram na universidade.
Estavam presentes o diretor e a vice-diretora da Faculdade de Direito da USP, Celso Campilongo e Ana Elisa Bechara, e o advogado Marco Aurélio de Carvalho, do Grupo Prerrogativas, que apoiou o curta.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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