O apoio do jogador Neymar na reta final do primeiro turno e o bate-boca de Lula (PT) com o padre Kelmon deram o combustível que Jair Bolsonaro (PL) precisava para ganhar mais votos no dia 2 de outubro e garantir a passagem para o segundo turno com viés de subida.
O apoio de sertanejos como Gusttavo Lima e Zé Neto, reproduzidos nas redes sociais bolsonaristas, também ajudou.
Além disso, eles ajudaram a frear o impulso do petista, que chegou a 50% na pesquisa Datafolha e perto de ganhar na primeira rodada.
A análise é de um dos principais estrategistas do presidente da República.
Apesar do discurso público de desacreditar as pesquisas eleitorais, a campanha admite que houve movimentação de votos pró-Bolsonaro na reta final do primeiro turno.
Os números reforçam a hipótese de Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) terem perdido votos para Bolsonaro na boca da urna: a senadora aparecia com 6% de votos na pesquisa Datafolha divulgada no dia 1º de outubro. Terminou com 4,16%. O pedetista tinha 5%, e terminou com 3,04% dos votos válidos —quando são excluídos os brancos e nulos.
Bolsonaro, que tinha 36%, terminou com 43,20%, beneficiado também pela alta abstenção do eleitorado.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a abstenção, de 20,9%, foi recorde.
Ela é historicamente maior no eleitorado de baixa escolaridade e renda, justamente onde Lula tem vantagem sobre o atual presidente. E pode ter prejudicado o petista, que terminou com 48,43% dos votos válidos, quando são excluídos os brancos e os nulos.
Segundo o TSE, que divulga dados sobre o eleitorado de acordo com a escolaridade, 46% dos analfabetos não apareceram para votar no pleito de 2018. Entre os que sabem ler e escrever, a abstenção foi de 28,3%, e entre os que têm ensino fundamental completo, de 24,7%.
Já nas faixas de maior escolaridade ela foi menor: de 22% entre os que têm ensino superior incompleto, e de 19% entre quem terminou a universidade.
TABLADO
A atriz Christiane Tricerri reestreou na quinta (6) a peça "Frida Kahlo: Viva la Vida", no Teatro Vivo, em São Paulo. O espetáculo tem direção assinada por Cacá Rosset. A atriz Jeyne Stakflett e o ator Dionisio Neto prestigiaram o evento.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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