O cantor Zezé Di Camargo homenageou a cantora Rita Lee, que morreu na segunda (8), em publicação nas redes sociais. Em 2005, os dois brigaram publicamente por causa dos rodeios.
Segundo interlocutores do cantor, foi Zezé quem escreveu a mensagem postada no Instagram oficial da dupla que ele forma com o irmão Luciano. "Lança, menina. Lança todo esse perfume no céu. Perfuma os anjos com a sua música, porque aqui na terra nós não ficamos imunes ao teu amor e tua arte que têm cheiro eternamente de alegria... Descanse em paz, nossa rainha do rock."
A briga começou quando Rita, então uma das apresentadoras do programa de TV Saia Justa, do GNT, criticou Zezé, acusando-o de defender rodeios, e a autora de novelas Gloria Perez, por inclui-los na novela "América", da Globo.
"Se Zezé defende os rodeios, pior para ele. Eu odeio rodeio! Tenho vasto material comprovando os maus-tratos que acontecem nos bastidores desses eventos", afirmou a cantora à Folha em setembro de 2005.
"Se Zezé conhece os abusos e acha normal, sinto muito pela sua ignorância espiritual. Se desconhece, está na hora de conhecer."
Zezé retrucou, naquele mesmo mês, desafiando Rita. "Eu e ela vamos com um veterinário a um rodeio. Se o laudo técnico comprovar maus-tratos aos animais, nunca mais canto nesses eventos", disse.
Segundo o cantor, Rita nunca teria acompanhado os bastidores. "Acompanho há dez anos. Não acho natural o boi sofrer, como ela diz. Tenho certeza de que não sofre", afirmou.
O sertanejo declarou também que esses eventos, naquela ocasião, já não compunham sua principal fonte de renda e rechaçou as críticas da cantora, que chamou os rodeios de "lixo americano".
"Queria perguntar a Rita Lee: de onde é o rock que ela faz? Do Ceará, da Bahia, derivado do baião, da moda de viola? O que tem mais de brasileiro, o rock dela ou o country dos rodeios? Então somos juntos lixo americano."
NO TOPO
A cantora Liniker é uma das capas da revista Glamour impressa deste mês. À publicação, ela falou da importância de ter sido a primeira artista trans a ganhar o Grammy na categoria melhor álbum de música popular brasileira, com "Indigo Borboleta Anil". "Um dia, eu estava passando fome e, no outro, dormindo em um hotel cinco estrelas", diz. Ela afirma também ter receio de supervalorizar a conquista. "Tenho medo [de] que eu me perca dentro do meu processo e do meu propósito. Eu não fiz o disco para ganhar um Grammy, por mais que eu gostaria, mas, sim, para que eu me celebrasse."
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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