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Vereadora entra com mandado de segurança para suspender tramitação da revisão do Plano Diretor de SP

Silvia Ferraro, da Bancada Feminista do PSOL, diz que substitutivo 'feriu de morte' os preceitos da participação popular

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A Bancada Feminista, mandato coletivo do PSOL na Câmara Municipal de São Paulo, ingressou no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) com um mandado de segurança pedindo a suspensão da tramitação da revisão do Plano Diretor Estratégico de São Paulo.

Na peça, assinada pelo advogado Guilherme Monaco, a vereadora Silvia Ferraro argumenta que o substitutivo do projeto "feriu de morte" os preceitos de participação popular previstos em lei.

Vista da região da avenida Paulista; verticalização em eixos de transporte é tema da revisão do Plano Diretor
Vista da região da avenida Paulista; verticalização em eixos de transporte é tema da revisão do Plano Diretor - Eduardo Knapp - 17.jan.2022/ Folhapress

O texto foi apresentado pelo relator da proposta, o vereador Rodrigo Goulart (PSD), no último dia 23 e aprovado em primeiro turno na Câmara oito dias depois, em 31 de maio.

A vereadora afirma ainda que teria havido uma priorização das propostas dos setores empresariais em detrimento das da sociedade civil. Como mostrou o Painel, o Plano Diretor absorveu 18 de 26 propostas feitas pela Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias).

Na segunda (5), a 10ª Vara da Fazenda Pública do TJ-SP rejeitou um pedido de suspensão da tramitação do projeto de revisão do do PDE apresentado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

Em sua decisão, a juíza Maricy Maraldi argumentou que o Poder Judiciário não pode interferir no Legislativo, "sob pena de afronta ao princípio da separação dos Poderes". Como mostrou a coluna, o órgão vai recorrer da decisão.

Com a aprovação em primeiro turno, o projeto de revisão do Plano Diretor agora deve passar por um total de oito audiências públicas em menos de três semanas. A previsão é que a votação definitiva, em segundo turno, ocorra na tarde do dia 21 de junho.

O projeto tem sido criticado por urbanistas por abrir brechas para intensificar a verticalização da cidade, permitir a construção de mais vagas de garagem próximas a eixos de transporte coletivo e dar opções para que empreiteiras não paguem em dinheiro a taxa para construir acima do limite estabelecido.

A Câmara afirma que foram realizadas cerca de 50 audiências públicas e coletadas centenas de sugestões, embora o novo substitutivo tenha sido apresentado com mudanças substanciais.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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